Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo promove redução expressiva de incêndios no Brasil
No dia 29 de julho, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o IBAMA e o ICMBio, apresentou os resultados do primeiro ano da implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF). A iniciativa trouxe progressos significativos, especialmente a redução de 66% nas áreas afetadas por incêndios.
Medidas e Investimentos
Com a promulgação da Lei nº 14.944/2024, o Ministério do Meio Ambiente começou a coordenar ações entre governos, empresas privadas e sociedade civil. O objetivo principal é fortalecer medidas de prevenção, preparação e combate a incêndios. Além disso, a política também reconhece a importância ecológica do fogo em determinados ecossistemas, valorizando o conhecimento tradicional sobre manejo.
O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ) destacou que a combinação de novas medidas e condições climáticas mais favoráveis resultou em uma diminuição de 66% nas áreas queimadas no país durante o primeiro semestre de 2025. Dados do INPE também indicam uma queda de 47% nos focos de calor.
Punições e Ações Estratégicas
A adoção do decreto nº 12.189/2024, que aumentou as penalidades para incêndios florestais, também foi um fator crucial para os resultados alcançados. Jair Schmitt, diretor de proteção ambiental do IBAMA, revelou que, entre 2023 e 2025, houve um aumento de 14% no número de brigadistas florestais. Também houve expansão da frota aérea e duplicação dos veículos operacionais, muitos deles adaptados para terrenos de difícil acesso. Os investimentos em equipamentos individuais de proteção e motorizados chegaram a R$76 milhões.
Fundo Amazônia e Expansão de Infraestrutura
A destinação de recursos do Fundo Amazônia também foi destaque, com R$405 milhões direcionados aos corpos de bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal, dos quais R$370 milhões já foram contratados. Pela primeira vez, o fundo também financiará ações no Cerrado e no Pantanal. Em 2025, duas vilas operacionais serão implantadas no Pará e no Pantanal, focadas no monitoramento das queimadas, além de cinco novas bases logísticas planejadas.
Desafios e Perspectivas Futuras
Apesar dos avanços, há desafios pela frente. A estação seca, que favorece o aumento de incêndios, começa em agosto e se estende até dezembro. Entre os estados da Amazônia Legal e do Pantanal, apenas Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão decretaram situação de emergência devido ao fogo. Os planos de prevenção e combate já estão prontos para o Cerrado e o Pantanal, enquanto na Amazônia ainda estão em fase final de preparação.
A divulgação dos resultados positivos da PNMIF sinaliza um compromisso reforçado com a preservação ambiental no Brasil. No entanto, a continuidade dos esforços e investimentos é essencial para garantir que esses números continuem a melhorar e que o impacto dos incêndios seja minimizado de forma sustentável e eficaz.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/politica-nacional-reduz-impacto-do-fogo-em-66/)








