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O oculto que sustenta a IA: descubra como funciona!

Chatbots de inteligência artificial generativa

No dia 11 de junho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um importante acordo com a China, que envolve a entrada de estudantes chineses em universidades americanas em troca do fornecimento de minerais de terras raras. Essa estratégia está alinhada com as pressões recentes sobre a Ucrânia para assinar um acordo que garantiria aos EUA acesso preferencial a contratos de fornecimento de minerais críticos, especialmente terras raras. A medida tem como objetivo reduzir a dependência americana desses minerais em relação à China.

Dependência mineral e geopolítica

Esse desenvolvimento ocorre em um contexto de tensões geopolíticas crescentes em torno dos minerais críticos, que desempenham um papel fundamental na infraestrutura da inteligência artificial (IA) e em aplicações militares. Recentemente, Trump destacou a importância de garantir uma cadeia de suprimentos estável para esses minerais, necessários para a infraestrutura física que suporta a IA, em uma tentativa de diminuir a vulnerabilidade americana.

Os minerais, muitas vezes vistos como parte de conceitos abstratos como “nuvem” e “big data”, são essenciais para a construção de data centers e outros equipamentos eletrônicos. Esses centros de dados, considerados a espinha dorsal da tecnologia digital, são fundamentais para o processamento e armazenamento de grandes volumes de dados e exigem uma variedade de minerais, como gálio, germânio, silício metálico e terras raras.

Pressões sobre a Ucrânia e ameaças de apoio

A pressão sobre a Ucrânia para firmar um acordo não vem sem consequências. Caso o país não concorde com os termos propostos, os Estados Unidos ameaçam retirar o apoio à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia. Essa situação ressalta a importância estratégica desses minerais não apenas para a economia, mas também para a política internacional.

Além disso, o ciclo de vida dos equipamentos que utilizam esses minerais é bastante curto. A obsolescência rápida resulta em um consumo frequente de novos minerais, levando a uma pressão contínua sobre o meio ambiente e ecossistemas.

Domínio chinês na extração e refino

A China atualmente domina as etapas de extração e refino de muitos minerais críticos. Simultaneamente, os Estados Unidos lideram a fase de manufatura, que requer alta especialização e tecnologia avançada. Desde 2018, os dois países estão envolvidos em uma série de sanções e embargos sobre esses recursos estratégicos, intensificando a competição global por recursos minerais essenciais.

Esse embate entre as duas potências destaca a importância dos minerais no cenário geopolítico global. A China já restringiu as exportações de alguns desses minerais, enquanto os EUA impuseram proibições e restrições sobre a venda de chips avançados à China.

Impacto energético e sustentabilidade

A expansão da infraestrutura de IA está diretamente ligada ao consumo de energia. Data centers e criptomoedas, juntamente com a inteligência artificial, consumiram cerca de 460 TWh de eletricidade em 2022, representando 2% do consumo global, segundo a Agência Internacional de Energia. A previsão é que esse consumo cresça significativamente nos próximos anos.

Para enfrentar essa demanda crescente, grandes empresas de tecnologia estão investindo em fontes de energia renováveis, como solar e eólica. No entanto, essas alternativas também dependem de minerais críticos, aumentando ainda mais a necessidade de uma gestão cuidadosa desses recursos.

Desafios e caminhos futuros

Os desafios impostos pela evolução da inteligência artificial transcendem a inovação tecnológica. As implicações ambientais, sociais, econômicas e geopolíticas precisam ser cuidadosamente avaliadas. Cientistas, tomadores de decisão e o setor privado devem trabalhar juntos para desenvolver estratégias sustentáveis que mitiguem os impactos negativos da rápida expansão da IA.

Esse cenário sublinha a importância de uma abordagem coordenada para garantir a segurança de suprimento de minerais críticos enquanto se busca soluções sustentáveis para enfrentar os desafios energéticos e ambientais futuros.

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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