Grupo Especial: Imperatriz se destaca como a melhor escola da primeira noite de desfiles
Na primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense brilhou e foi considerada a melhor escola. A agremiação de Ramos, atual campeã do Carnaval, encantou o público com sua estética exuberante e a história do testamento da cigana Esmeralda, baseado em uma obra do poeta nordestino Leandro Gomes de Barros.
Com a estética grandiosa e luxuosa, a Imperatriz apresentou alegorias imponentes e fantasias de fácil leitura, permitindo que o público entendesse a narrativa proposta. A comissão de frente, comandada por Marcelo Missailidis, representou uma fogueira com a cigana Esmeralda “flutuando” e um drone guiando uma bola de cristal sobre o público das frisas.
A escola contou com a bateria do mestre Lolo e o intérprete Pitty de Menezes, que abrilhantaram ainda mais a festa. Os componentes mostraram garra e cantaram o samba com muita felicidade, enquanto o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, também se destacou.
Já a Unidos da Tijuca, que homenageou Portugal, não empolgou o público. A escola explorou mitos, lendas e símbolos lusitanos, mas o samba-enredo não figurava entre os melhores do ano, deixando o desfile morno. A passagem da bateria do mestre Casagrande e da cantora Lexa como rainha foi um dos pontos altos do desfile.
A Grande Rio, que recontou o mito do povo tupinambá para a criação do mundo, também se destacou. Desenvolvido pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad, o desfile da escola primou pelo colorido e pelo impacto visual. A iluminação cênica da Sapucaí somou-se ao espetáculo, tornando-o ainda mais bonito.
O Salgueiro, com enredo sobre o povo Yanomami, levantou a Sapucaí com um dos sambas mais elogiados da safra de 2024, mas trouxe um desenvolvimento de enredo menos crítico que o esperado. Além disso, algumas alas tiveram uma comunicação pouco clara com o público. A bateria Furiosa e a rainha Viviane Araújo garantiram o bom andamento do samba.
A Beija-Flor de Nilópolis homenageou a cidade de Maceió, contando a história de Rás Gonguila, um filho de escravizados que fundou um bloco de Carnaval e virou um ícone da cultura local. O desfile da escola foi marcado por alegorias imponentes e coloridas, e a bateria e o casal de mestre-sala e porta-bandeira se destacaram.
A Porto da Pedra, que retornou ao Grupo Especial após 12 anos, trouxe um desfile grandioso em alegorias, mas enfrentou problemas técnicos. Falhas de acabamento em alguns carros e falhas de evolução comprometeram a reta final da apresentação da escola de São Gonçalo. Destaque para a atriz Giovanna Cordeiro, que desfilou como musa.
Nesta segunda-feira (12), mais seis escolas completam a maratona do Grupo Especial: Mocidade, Portela, Vila Isabel, Mangueira, Paraíso do Tuiuti e Viradouro.
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Fonte: Guia Região dos Lagos