Cientista do cérebro ensina a aprender e não esquecer nunca mais

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Como Aprender e Não Esquecer: Dicas de uma Neurocientista

Aprender e esquecer
Descubra como o cérebro pode assimilar informações de forma duradoura. | Foto: iStock

É comum que as experiências escolares marquem o primeiro contato com a frustração no aprendizado. Nessa fase, entendemos que aprender é fundamental para não esquecer. No entanto, o aprendizado nem sempre é uma tarefa simples, dado que cada cérebro reage de maneira única a diferentes estímulos.

Pode ser que exista uma maneira de aprender e nunca mais esquecer? De acordo com Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, a resposta é afirmativa. É essencial primeiro entender que aprender envolve adquirir e armazenar informações para poder pensar e agir. Essa habilidade está fortemente ligada à memória, que desempenha um papel crucial nesse processo.

Constantemente estamos em contato com o mundo ao nosso redor e recebemos uma infinidade de estímulos através dos sentidos, como acontece durante a leitura, quando utilizamos a visão para decodificar palavras e interpretar seus significados.

A primeira etapa do aprendizado é a aquisição de informações.

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Foto: iStock

“Depois do primeiro contato, as informações são inicialmente armazenadas na memória de curto prazo, podendo ser acessadas de horas a alguns dias. Porém, para que essas informações sejam transferidas para a memória de longo prazo, é necessário passar por um processo neurofisiológico chamado consolidação”, explica Livia Ciacci.

Para que o cérebro aprenda e retenha as informações, é crucial compreender que ele consolida apenas os dados considerados relevantes. Existem duas formas de sinalizar ao cérebro a importância de um conteúdo que se deseja aprender:

  • Repetição — ao revisitar um conteúdo diversas vezes, refletir sobre ele e estabelecer conexões com outros conhecimentos preexistentes;
  • Impacto emocional e/ou sensorial — informações que despertam fortes reações emocionais ou que envolvem intensamente os sentidos são registradas com mais facilidade;

“Se você estudar duas matérias, uma da qual não se interessa muito e outra que lhe atrai mais, a consolidação das memórias será mais fácil na disciplina que você aprecia, pois sua atenção estará mais aguda devido ao envolvimento emocional. No entanto, é totalmente possível aprender mesmo sem um grande interesse, sendo a repetição uma estratégia eficaz neste caso,” ressalta a neurocientista.

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Para conseguir reter um conteúdo de forma duradoura, os segredos são: aprofundar-se no tema, desenvolver interesse suficiente para refletir sobre ele, manter a atenção concentrada e repetir constantemente a informação!

Após dominar um conteúdo, como evitar esquecer? E por que algumas memórias permanecem ativas por tanto tempo? Para responder a essa questão, novamente é necessário entender a memória.

A memória declarativa de longo prazo no cérebro é praticamente ilimitada, portanto, tudo que passa pela consolidação estará disponível para lembrança ao longo de muitos anos.

Por outro lado, se o aprendizado ocorrer em um momento e a pessoa ficar muito tempo sem revisitar essa informação, ao retomar, pode ser que encontre dificuldades para recordar tudo. Isso é comparável a procurar um caderno guardado, que agora está coberto por uma pilha de outros materiais — o esforço será considerável para achá-lo no fundo.

“O cérebro possui mecanismos de ‘limpeza’ que eliminam memórias que não são acessadas ou utilizadas com frequência. Por isso, temos a capacidade de memorizar informações por um longo tempo, mas é imprescindível revisitar essas memórias ocasionalmente para reforçá-las!”, enfatiza Livia.

Quem Possui Mais Facilidade em Aprender?

Embora todos possamos aprender em qualquer fase da vida, as crianças tendem a absorver informações mais rapidamente do que adultos e idosos, dado que sua neuroplasticidade está em alta, ajudando o cérebro a se adaptar e lidar com o ambiente a sua volta.

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Foto: Divulgação Portel Emilie Rivas MG

“Os adultos já desenvolveram uma organização cerebral que direciona mais ‘recursos’ para regiões que são mais exigidas. Por exemplo, um guitarrista tende a ter as áreas do cérebro ligadas à percepção auditiva e motricidade das mãos mais desenvolvidas, facilitando o aprendizado de novas músicas ou movimentos,” explica a especialista.

O que é Decisivo para Aprender e Não Esquecer?

Por fim, vale notar que as preferências pessoais, as escolhas profissionais e o estilo de vida de uma pessoa têm grande impacto nas formas como se aprende a longo prazo na fase adulta e na velhice.

“Os idosos também têm a capacidade de aprender, embora frequentemente com uma velocidade de processamento de informações menor, o que é natural no processo de envelhecimento, além de potenciais problemas sensoriais, como na visão ou audição. O importante é não parar de se manter ativo mentalmente,” conclui a neurocientista.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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