Protesto de devedores da Universidade Cândido Mendes contra redução de benefícios | Notícia de Araruama

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Credores da Universidade Cândido Mendes protestam contra corte de direitos

Na manhã desta quinta-feira (30), ocorreu uma manifestação em frente ao campus central da Universidade Cândido Mendes (UCAM), localizado na Rua da Assembleia, organizada por credores trabalhistas, em sua maioria ex-funcionários. O motivo do protesto é o descontentamento com o quarto aditivo ao plano de recuperação judicial da faculdade, que propõe um desconto de 90% para créditos trabalhistas acima de R$10 mil. Ou seja, aqueles que têm direito a receber R$20 mil, receberão apenas R$2 mil.

Entre os manifestantes, estavam também os credores ligados ao campus da UCAM em , que foram convocados para a manifestação. Eles expressaram sua insatisfação com a redução proposta dos valores a receber, considerando-a injusta, especialmente para os ex-funcionários com décadas de serviço que não receberam o FGTS na demissão. Além disso, criticaram a gestão das unidades da universidade e a venda de ativos da instituição a preços abaixo do valor de mercado.

Durante o protesto, foram apresentadas algumas demandas pelos participantes. Uma delas era a revogação das procurações ao advogado Frederico Price, contratado pela reitoria. Eles também exigiram a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária que atendesse aos interesses dos credores. Outro ponto de preocupação para os manifestantes foi a forma como ocorreram as vendas diretas de ativos da universidade, sem leilões competitivos. Além disso, pediram por uma representação dos credores trabalhistas no comitê gestor, principalmente em relação à situação do diretor da unidade de Niterói, que ocupa um cargo nomeado pela reitora.

Diante da insatisfação dos credores, representantes estão preparando um requerimento de falência da universidade, que será apresentado até a próxima terça-feira (5). O objetivo é buscar uma solução para os problemas enfrentados pelos ex-funcionários e demais credores.

Em busca de um posicionamento sobre o caso, o RC24h entrou em contato com a Universidade Cândido Mendes, mas aguarda retorno.

A manifestação dos credores da Universidade Cândido Mendes demonstra a grave situação enfrentada pelos ex-funcionários e a urgência de encontrar uma solução para os problemas financeiros da instituição. A proposta de desconto de 90% nos créditos trabalhistas acima de R$10 mil é vista como uma medida extremamente prejudicial para aqueles que têm direito a receber valores mais altos.

Além disso, a falta de pagamento do FGTS na demissão também é uma questão preocupante, especialmente para os funcionários que dedicaram décadas de serviço à universidade. A gestão das unidades da instituição também é criticada, assim como a venda de ativos a preços abaixo do mercado, o que pode prejudicar ainda mais a recuperação financeira da universidade.

A revogação das procurações ao advogado contratado pela reitoria e a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária são demandas legítimas por parte dos manifestantes, que buscam ser ouvidos e ter seus interesses atendidos.

Cabe às autoridades competentes analisarem a situação da universidade e buscar soluções para que os direitos dos credores sejam respeitados e a instituição possa se recuperar de forma justa e equilibrada. É importante que haja transparência e diálogo nesse processo, para que se chegue a um acordo que beneficie todas as partes envolvidas.

Enquanto isso, os credores continuam lutando pelos seus direitos e buscando uma solução para a difícil situação enfrentada. A apresentação do requerimento de falência é mais um passo nessa busca por justiça e reparação. Resta aguardar as próximas medidas a serem tomadas e torcer para que a situação seja resolvida de forma satisfatória para todos. Acompanharemos de perto o desenrolar desse caso.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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