Natura implementa nova Diretriz de Biodiversidade

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Natura adota nova Política de Biodiversidade para promover práticas regenerativas e sustentáveis

No final de maio de 2024, a Natura &Co América Latina completa cinco meses de operações de sua nova Política de Biodiversidade, que incorpora os princípios do Marco Global de Kunming-Montreal (o Plano de Biodiversidade), firmado na Conferência de Biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2022, a COP15.

A companhia tem como foco práticas regenerativas, capazes de enfrentar as mudanças climáticas, como o sistema agroflorestal de dendê e relacionamento com mais comunidades agroextrativistas na Amazônia, assim como avanços sociais a partir do seu modelo de negócio.

“A conservação da biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também um pilar para a regeneração econômica e social. As mudanças climáticas, com seus efeitos adversos, ameaçam a diversidade biológica e, por conseguinte, a resiliência das comunidades e negócios que dependem dela. Esses impactos podem se manifestar em forma de escassez de recursos naturais, alterações nos ecossistemas e maiores desafios na cadeia de suprimentos. Proteger a biodiversidade é também proteger o futuro do nosso negócio”, explica Angela Pinhati, diretora de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina.

Os bioativos da sociobiodiversidade brasileira são um dos diferenciais da companhia, que até o momento já desenvolveu 44 bioingredientes em um modelo de negócio que ajuda a conservar, em conjunto com mais de 10 mil famílias, 2,2 milhões de hectares de Floresta Amazônica. Atualmente, a Natura trabalha com 94 cadeias de fornecimento na Amazônia, a partir de uma rede de 44 comunidades.

“Ao fortalecer essas comunidades e proteger a biodiversidade, não apenas contribuímos para a mitigação das mudanças climáticas, mas também garantimos a sustentabilidade e a resiliência do nosso negócio. É essa parcela da sociedade que mais sente as consequências dos extremos climáticos e que sofre com as desigualdades na exploração desenfreada dos ecossistemas”, reforça Angela.

Agricultura familiar, comunidades e sociobiodiversidade

As diretrizes trazem uma abordagem holística para mitigar impactos negativos na biodiversidade e promover ativamente sua conservação e regeneração, passando pela pesquisa, cadeias de suprimentos e as operações diretas, contribuindo para o desenvolvimento social das comunidades envolvidas.

Entre os serviços ecossistêmicos, destaca-se o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) como incentivo voluntário para conservação e regeneração ambiental, sempre com foco em povos tradicionais e agricultores familiares. Há também diretrizes para priorizar a Pan-Amazônia, associação com cadeias de abastecimento e transparência no monitoramento e pagamentos relacionados aos serviços ambientais.

A importância dos conhecimentos e práticas dos povos tradicionais para a regeneração ambiental ganha ainda mais ênfase. As condutas referentes ao relacionamento com as comunidades incluem o consentimento livre, informado e participativo, abastecimento ético, parcerias duradouras e investimentos em áreas de produção de matéria-prima. “Nesses quesitos, a equidade de gênero, participação de jovens, além do respeito ao patrimônio cultural são priorizados. Além disso, abrangemos a promoção de renda digna e agregação de valor e capacitações”, ressalta a diretora de Sustentabilidade.

Em pesquisas avançadas, as orientações compreendem o desenvolvimento de soluções regenerativas, limitação de desperdícios e valorização do conhecimento tradicional em bioingredientes seguros e de baixo carbono. A pesquisa é impulsionada pelos Centros de Inovação na América Latina, focando em produtos cosméticos e bem-estar humano, liderando inovações em bioativos amazônicos.

Circularidade

Para a criação de fórmulas e embalagens, o foco está na circularidade e nas tecnologias inspiradas na natureza, incentivando itens que evitem ou diminuam o impacto na biodiversidade. A política visa também evitar ou reduzir a poluição decorrente de produtos químicos e resíduos em toda a cadeia, e assim, a degradação dos ecossistemas. Atualmente, 87,8% de todas as embalagens da Natura são recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis.

A nova política ainda destaca a rastreabilidade e certificação de commodities como palma, soja, etanol, mica, algodão e papel, assegurando desmatamento zero e respeito aos direitos humanos. Na busca por práticas regenerativas, a compra de matérias-primas envolve não apenas a prevenção de impactos negativos, mas também a proteção das espécies e de seus habitats, além de identificar, prevenir e mitigar riscos em direitos humanos.

Nas operações diretas, o documento prioriza processos industriais limpos, de alto rendimento e impacto socioambiental positivo, alinhados aos padrões internacionais mais rigorosos. Foram ainda estabelecidas metas ambientais específicas, como redução do consumo de água e energia, tratamento eficaz de efluentes e gestão eficiente de resíduos.

Política estruturada

A Política de Biodiversidade da Natura &Co América Latina está estruturada em sete áreas-chave na cadeia de valor: ciência e tecnologia; desenvolvimento de fórmulas e embalagens; relacionamento com povos e comunidades tradicionais e abastecimento ético com práticas regenerativas; repartição de benefícios e incentivo por serviços ecossistêmicos; compra de insumos de produtores privados ou empresas; operações diretas; e comunicação e marketing.

Essas áreas são guiadas por quatro pilares: Avaliação, Compromissos, Divulgação e Reportes Corporativos e Engajamento de públicos e parceiros. A Avaliação baseia-se em informações sobre impactos e dependências, riscos e oportunidades por meio de ferramentas científicas e analíticas para decisões informadas.

Os Compromissos seguem ambições robustas e políticas nacionais/internacionais, especialmente a Visão 2030 de Natura &Co América Latina, chamada “Compromisso com a Vida”. Quanto à Divulgação e Reportes Corporativos, a empresa destaca a apresentação nos Relatórios Anuais e Integrados, comprometendo-se a avaliar riscos e impactos sobre a biodiversidade até 2025. O Engajamento será feito por de acordo com o público e será realizado por meio de treinamentos, campanhas e/ou canais de comunicação.

A Natura está comprometida em utilizar sua expertise e recursos para promover a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico sustentável, estabelecendo um modelo de negócio que respeita os limites do planeta e contribui para um futuro mais equilibrado e regenerativo.

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