Miliciano Nanan é morto em confronto armado na Zona Oeste de Maricá

Miliciano Nanan morre após troca de tiros na Zona Oeste | Enfoco

Miliciano conhecido como Nanan é morto a tiros na Zona Oeste do Rio de Janeiro

Na noite de sexta-feira (3), Allan Ribeiro Soares, mais conhecido como Nanan ou Malvadão, um dos principais rivais de um líder da milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi assassinado a tiros no Complexo João XXIII, em Santa Cruz. Outro homem que estava com ele também foi atingido e não resistiu aos ferimentos. A Polícia Militar foi acionada após uma troca de tiros na região e encontrou os corpos na Rua João Vinte e Três, juntamente com uma pistola e quatro carregadores municiados.

Nanan era considerado um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, que foi morto durante uma operação da Polícia Civil em junho de 2021. Após a morte de Ecko, houve uma disputa pelo controle de territórios na Zona Oeste entre Nanan e Danilo Dias Lima, o Tandera.

O miliciano foi surpreendido pelo grupo conhecido como “Bonde do Zinho” quando saía de um salão de festas. Durante o tiroteio, o segurança de Nanan teria fugido, deixando-o para trás. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso e realizando diligências para apurar a autoria e a motivação do crime.

A morte de Nanan evidencia a disputa pelo controle de territórios entre os grupos milicianos na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Esses grupos são conhecidos por explorar atividades ilegais e exercerem controle sobre as comunidades onde atuam, gerando medo e violência.

A atuação das milícias é um grave problema enfrentado pelo estado do Rio de Janeiro. Além de controlarem áreas e exercerem poder paralelo ao do Estado, grupos milicianos estão envolvidos em crimes como extorsão, homicídios, tráfico de drogas e grilagem de terras. Essas organizações criminosas se aproveitam do vácuo deixado pelo Estado em muitas regiões, onde a presença e a atuação efetiva das forças de segurança são limitadas.

A morte de Nanan é mais um capítulo desta guerra entre grupos milicianos, que atuam à margem da lei e impõem seu domínio por meio da violência. A população dessas regiões é a mais afetada por essa realidade, vivendo sob o jugo desses grupos criminosos que exercem controle total sobre suas vidas.

É fundamental que as autoridades tomem medidas enérgicas para combater a atuação das milícias no estado do Rio de Janeiro. Além do combate direto aos grupos criminosos, é preciso investir em políticas públicas que promovam o desenvolvimento social e econômico dessas regiões, garantindo a presença do Estado de maneira efetiva e combatendo a impunidade que alimenta o ciclo de violência.

É essencial que a sociedade como um todo também se engaje nessa luta contra as milícias, denunciando suas atividades e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e segura para todos. O enfrentamento ao crime organizado requer um esforço conjunto e uma postura firme das instituições e da sociedade civil. Somente assim será possível romper o ciclo de violência e garantir a paz nas comunidades do Rio de Janeiro.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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