Vereador de Rio das Ostras é detido sob acusações de corrupção
Na quarta-feira (5), Vanderlan Moraes da Hora, vereador da cidade de Rio das Ostras, foi preso sob a acusação de corrupção ativa. A detenção ocorreu durante uma operação realizada pelo Ministério Público do Rio. Além disso, o Juízo Criminal de Rio das Ostras também determinou o afastamento cautelar do cargo de secretário municipal de Saúde de Armação dos Búzios, Leônidas Heringer Fernandes.
Operação Maculados e mandados de busca e apreensão
A operação, intitulada Maculados, também executou mandados de busca e apreensão em Niterói, São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras.
Esquema de oferecimento de cargos e direcionamento de licitação
De acordo com o MPRJ, Vanderlan Moraes da Hora ofereceu cargos em comissão e uma porcentagem de notas fiscais a um servidor público responsável por elaborar termos de referências de licitações na área da saúde durante a pandemia. A licitação foi direcionada e contou com a participação dos sócios da empresa HJR Farma LTDA EPP e de Leônidas Heringer Fernandes, atual secretário municipal de Saúde de Búzios e na época coordenador do Fundo Municipal de Saúde de Rio das Ostras.
Evidências e pagamentos viciados
A investigação do MPRJ concluiu que a proposta feita por Vanderlan Moraes da Hora ao servidor público foi gravada, sendo conhecimento do órgão, que realizou perícias, entrevistas e análise documental dos procedimentos, comprovando assim o direcionamento da licitação. O valor total de pagamentos feitos ao longo dos anos em favor da empresa HJR Farma LTDA EPP ultrapassa os R$ 4 milhões, sendo R$ 934.292,67 apenas em 2021, ano da pandemia de SARS-COVID.
Ação conjunta entre diferentes promotorias de justiça
Essa operação é resultado de uma ação conjunta entre a 1ª Promotoria de Justiça de Armação dos Búzios, a Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Rio das Ostras, a 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Macaé, a Promotoria de Justiça de Silva Jardim e a Promotoria de Justiça Cível de Cabo Frio, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Fonte da notícia: G1