Estudo revela que São Pedro da Aldeia é a segunda pior cidade para mulheres no Brasil

Estudo revelado no Dia da Mulher mostra São Pedro da Aldeia como a segunda pior cidade para mulheres no Brasil — RC24H

Estudo revela que São Pedro da Aldeia (RJ) está entre as piores cidades para mulheres no Brasil

Um novo estudo apontou que São Pedro da Aldeia, localizada no estado do Rio de Janeiro, ocupa a segunda posição no ranking das cidades mais desafiadoras para mulheres no Brasil, apenas atrás de Paranaguá, no Paraná. A pesquisa, divulgada em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, analisou um total de 319 municípios com mais de 100 mil habitantes, revelando que cerca de 85% das cidades brasileiras enfrentam sérios problemas relacionados ao feminicídio, baixa representação feminina na política e desigualdade de renda. Outro município fluminense, , também não teve um desempenho favorável, aparecendo no mesmo estudo com indicadores alarmantes.


A pesquisa, conduzida pela Tewá 225, revelou que 99% dos municípios avaliados registram taxas de feminicídio alarmantes, com mais de 3 casos para cada 100 mil mulheres. O levantamento destaca que São Pedro da Aldeia ocupa o segundo lugar no ranking geral, com um índice de 14,98 em uma escala de 100. aparece logo a seguir, na quarta posição, com um índice de 18,78, enquanto Rio das Ostras está na 11ª posição com 23,28. Outras cidades como Maricá, Cabo Frio e Araruama também compõem a lista, mas com indicadores de desigualdade ligeiramente melhores.

  • São Pedro da Aldeia: 2° lugar (Índice 14,98 de 100)
  • Macaé: 4° lugar (Índice 18,78 de 100)
  • Rio das Ostras: 11° lugar (Índice 23,28 de 100)
  • Maricá: 245° lugar (Índice 38,77 de 100)
  • Cabo Frio: 270° lugar (Índice 40,09 de 100)
  • Araruama: 275° lugar (Índice 40,19 de 100)

Esses subindicadores geram um índice que varia de 0 a 100, o que auxilia na identificação da posição de cada município em relação às condições de gênero, assim como outros índices reconhecidos, como o IDH e o PIB. Vale ressaltar que municípios como Iguaba, Búzios, Arraial e Saquarema não foram incluídos na pesquisa por terem populações inferiores a 100 mil habitantes.

Os dados coletados ainda indicam que não existe uma única cidade brasileira que tenha atingido um nível aceitável de igualdade de gênero. A situação nas capitais do país se mostra igualmente preocupante, com a maioria delas apresentando índices classificados como ‘Baixo’ ou ‘Muito Baixo’. A única exceção é Brasília, que obteve uma classificação ‘média’, alcançando 50 pontos.

Além disso, a pesquisa aponta que a Região Norte do Brasil se destaca negativamente, com quase 97% dos municípios apresentando condições extremamente desfavoráveis para as mulheres. O estudo “Piores Cidades Para Ser Mulher” utilizou uma série de indicadores para chegar a essas conclusões, incluindo a representatividade política das mulheres, a quantidade de mulheres fora do mercado de trabalho e das instituições de ensino, as taxas de feminicídio e a desigualdade salarial.

Abordagem da pesquisa e suas implicações

O objetivo do estudo é servir como um instrumento para que os novos gestores entendam melhor as disparidades que ainda persistem e, assim, desenvolvam políticas públicas mais eficazes. Luciana Sonck, coordenadora executiva do estudo, enfatizou a importância destas informações para a formulação de ações que busquem equilibrar a desigualdade de gênero em diferentes municípios.

Infelizmente, as áreas com economias dependentes da agropecuária, especialmente na Região Norte, tendem a apresentar os piores índices de igualdade de gênero. Além de Paranaguá e São Pedro da Aldeia, Camaçari na Bahia também figura entre as cidades mais complicadas para mulheres no Brasil.

Do prisma político, mesmo com o aumento das candidaturas femininas no Brasil, 96% dos municípios analisados ainda possuem menos de 30% de mulheres atuando nas câmaras. Ademais, a pesquisa revela que 26,6% do total de mulheres jovens que não estão envolvidas em estudos ou no mercado de trabalho, mostra que há uma grave desigualdade comparativa entre homens e mulheres nessas condições. Isso destaca a urgência de intervenções políticas e sociais efetivas para melhorar a situação das mulheres em todo o Brasil.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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Foto de Bruno Rodrigo Souza

Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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