Apreensão com Deepfakes Cresce: Congresso Brasileiro Avança em Proibição para Eleições
Em meio a um cenário global onde as deepfakes se tornam cada vez mais sofisticadas, o Congresso brasileiro está intensificando seus esforços para garantir a integridade das eleições municipais. Em resposta ao crescente uso dessas ferramentas digitais, no ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia estabelecido restrições rigorosas ao uso de inteligência artificial durante as campanhas eleitorais, banindo a utilização de fotos e vídeos que alteram a aparência e a voz das pessoas, além de chatbots que se passavam por candidatos. Agora, a preocupação aumenta, especialmente com o aperfeiçoamento de novas tecnologias.
Atualizações no Código Eleitoral
Recentemente, o Congresso tem se movimentado para ajustar o Código Eleitoral, incorporando emendas que visam reforçar a proibição de uso de deepfakes em campanhas políticas. O senador Marcelo Castro, relator do projeto de lei complementar que trata dessas mudanças, acatou uma emenda crucial proposta por Jaques Wagner, líder do governo no Senado. Essa emenda proíbe expressamente candidatos de criarem ou divulgarem imagens e vídeos manipulados por inteligência artificial para simular pessoas reais, uma resposta ao crescente número de publicações similares que inundaram a internet brasileira após a liberação do Veo 3, uma poderosa ferramenta do Google.
Elon Musk Reassume Liderança do X
Nos Estados Unidos, outra movimentação chama a atenção: Elon Musk retorna ao comando da rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. O retorno de Musk acontece após a renúncia de Linda Yaccarino, que ocupava a posição de CEO e enfrentou desafios significativos durante sua gestão, incluindo críticas de Musk a anunciantes e a integração do X à empresa de inteligência artificial xAI. Essa integração resultou na desvalorização da rede social, agora avaliada em 33 bilhões de dólares, uma queda considerável comparada aos 44 bilhões pagos pela plataforma em 2022.
O Papel do Grok 4
Com Musk de volta ao comando, um novo destaque surge na forma de Grok 4, a mais recente versão da inteligência artificial desenvolvida pela xAI. Este chatbot, cuja principal característica é consultar postagens de Musk antes de oferecer respostas complexas a questões globais, como a colonização de Marte ou conflitos internacionais, ganha relevância dentro da empresa. Ao vasculhar a internet, o Grok 4 prioriza informações do X, onde Musk é uma figura proeminente, reforçando assim a influência do bilionário sobre as informações processadas pela IA.
Esses desenvolvimentos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos refletem uma crescente preocupação global com o impacto da inteligência artificial e das deepfakes não apenas nas comunicações cotidianas, mas especialmente nos processos democráticos e na percepção pública. Enquanto no Brasil esforços legislativos buscam proteger o processo eleitoral da manipulação digital, nos Estados Unidos a reintegração de Musk no X pode trazer novas dinâmicas para o uso e desenvolvimento de tecnologia em plataformas sociais.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos
