A Apple apresentou seus novos modelos de iPad Air e iPad Pro nesta semana, e como esperado, os preços também aumentaram. A presença do chip M4 e da tela OLED resultou em um aumento no custo do aparelho nos Estados Unidos, e isso também afetou o Brasil.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Nukeni, que comparou o preço do iPad Pro brasileiro com o de outros 33 países, o dispositivo brasileiro é o mais caro do mundo.
A pesquisa utilizou como base os preços das versões vendidas nos Estados Unidos, que são de US$ 999 para o modelo de 11 polegadas com 256 GB e US$ 1,29 mil para o modelo de 13 polegadas com 256 GB. Se convertermos diretamente para a nossa moeda, sem impostos e adição do custo pela Apple, os valores seriam de R$ 5.075 e R$ 6,6 mil, respectivamente.
No entanto, o preço praticado no Brasil é mais que o dobro da conversão direta, chegando a R$ 12,29 mil e R$ 15,89 mil, respectivamente. A Turquia, que fica na penúltima colocação no ranking, ainda possui um preço relativamente melhor que o do Brasil, com o iPad Pro custando R$ 7.268, quase 70% a menos.
É importante ressaltar que outras marcas, como a Samsung, possuem estratégias de preços bem diferentes da Apple. Por exemplo, o Galaxy Tab S9 Plus de 512 GB nos Estados Unidos custa US$ 999, mas no Brasil é vendido por R$ 5,19 mil no cartão ou R$ 4.679 à vista no site da empresa sul-coreana.
No Brasil, o modelo mais caro do iPad Pro, com tela de vidro nano-texture de 13 polegadas e 2 TB de armazenamento, custa R$ 31,49 mil. Caso o usuário queira adquirir também os acessórios, como a Apple Pencil Pro (R$ 1,49 mil) e o Magic Keyboard (R$ 3,79 mil), o pacote completo chega a impressionantes R$ 36.797.
É surpreendente que o preço desse iPad Pro seja superior ao do MacBook Pro mais potente atualmente, que possui o chip M3 Max, 36 GB de RAM e 1 TB de espaço interno, com portas USB-C, HDMI, MagSafe e entrada para cartão SD (coisas que não acompanham o iPad, exceto a porta USB-C).
Há anos que os preços acima da concorrência elevam o patamar da Apple para algo mais luxuoso, o que afasta boa parte do público que deseja ter um produto da empresa, especialmente o iPhone, que também segue essa linha de preços elevados.
Fonte: Guia Região dos Lagos