Família é resgatada em regime similar à escravidão em Araruama

A ação de resgate ocorreu antes do Natal, mas só foi divulgada nesta quarta-feira (17) pelos órgãos envolvidos

: Família é resgatada em condições análogas à escravidão

Na última quarta-feira (17), foi divulgado o resgate de uma mulher e suas duas filhas de um sítio em , onde viviam em condições análogas à escravidão. A ação ocorreu pouco antes do Natal, mas só veio à tona agora. Segundo denúncias, a família trabalhava no local há três anos, e uma das filhas, que atualmente possui 13 anos, cresceu nessa situação.

Auditores-fiscais constataram que a adolescente havia perdido parte de um dos dedos enquanto manuseava uma máquina. Ela foi levada ao hospital, mas recebeu apenas dois dias de atendimento médico antes de ser obrigada a retomar sua rotina exaustiva de trabalho. A jovem afirma ter sequelas e dificuldades para segurar objetos.

De acordo com o relato dos envolvidos, a família trabalhava de segunda a segunda no sítio, sem receber nenhum salário durante todo esse tempo. Além das tarefas de cuidar do terreno, elas também eram responsáveis pelos cuidados com os animais – cavalos, vacas e galinhas – do local, trabalhando diariamente do início da manhã até o fim da tarde.

A operação de resgate foi realizada por auditores-fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT/RJ) e representantes do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ). A participação da sociedade na identificação e denúncia dessas infrações é essencial, segundo o auditor-fiscal Eugênio Santana, coordenador do combate ao trabalho infantil na Superintendência do Trabalho.

A partir desse caso, fica evidente a existência de trabalho escravo e trabalho infantil na região. A situação vivenciada por essa família é inaceitável e precisa ser combatida. O abuso e exploração de pessoas, principalmente de crianças, é uma violação dos direitos humanos e das leis trabalhistas.

É importante ressaltar que a denúncia e o resgate foram realizados graças ao trabalho conjunto dos órgãos competentes, que atuaram de forma eficiente e garantiram a segurança e integridade da família resgatada. Além disso, a participação da população é fundamental para identificar novos casos e combater essas práticas cruéis.

O combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil é responsabilidade de todos. É dever do Estado assegurar os direitos dos trabalhadores e garantir condições dignas de trabalho. Além disso, é essencial investir em políticas públicas que promovam a educação e a inclusão social, para que crianças e adolescentes tenham oportunidades de desenvolvimento pleno e não sejam submetidos a condições degradantes.

As imagens divulgadas no resgate podem ser vistas abaixo:

Imagem 1:
[![Imagem Resgate 1](https://i0.wp.com/guiaregiaodoslagos.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Araruama-Familia-e-resgatada-em-condicoes-analogas-a-escravidao-em.jpg?resize=800%2C500&ssl=1)](https://i0.wp.com/guiaregiaodoslagos.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Araruama-Familia-e-resgatada-em-condicoes-analogas-a-escravidao-em.jpg?resize=800%2C500&ssl=1)

Imagem 2:
[![Imagem Resgate 2](https://i0.wp.com/guiaregiaodoslagos.com.br/wp-content/uploads/2024/01/1705641365_795_Araruama-Familia-e-resgatada-em-condicoes-analogas-a-escravidao-em.jpg?resize=800%2C1067&ssl=1)](https://i0.wp.com/guiaregiaodoslagos.com.br/wp-content/uploads/2024/01/1705641365_795_Araruama-Familia-e-resgatada-em-condicoes-analogas-a-escravidao-em.jpg?resize=800%2C1067&ssl=1)

As imagens retratam a situação vivida pela família antes do resgate, evidenciando as condições desumanas em que elas se encontravam. É preciso conscientizar a sociedade sobre essas questões e lutar por um mundo mais justo e igualitário, onde todos tenham acesso a oportunidades dignas de trabalho e desenvolvimento.

Ajude-nos e avalie esta notícia.
Picture of Bruno Rodrigo Souza

Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

Use os botões abaixo para compartilhar este conteúdo:

Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp
[wilcity_before_footer_shortcode]