Notícia Reescrita:
Falta de conscientização ambiental ameaça cavalos-marinhos na Lagoa de Araruama
Especialistas afirmam que a falta de conscientização ambiental tem sido um grande problema na preservação dos cavalos-marinhos na Lagoa de Araruama, localizada na Região dos Lagos. Durante a alta temporada, muitas pessoas têm sido flagradas nas redes sociais segurando esses animais frágeis em suas mãos, colocando sua sobrevivência em risco.
Os cavalos-marinhos despertam grande curiosidade nas pessoas, especialmente por sua aparência exótica e pela possibilidade de manuseá-los sem especialização. No entanto, o contato direto com esses animais pode ser fatal. Para conscientizar a população sobre esse problema, foi desenvolvido o projeto “Ciência Cidadã” pelo Projeto Cavalos-Marinhos, sediado no Rio de Janeiro.
O programa “Ciência Cidadã” é uma parceria entre pesquisadores e cidadãos com o objetivo de coletar dados através de métodos participativos. Em 2022, ocorreu a primeira capacitação de cientistas cidadãos com os moradores da Região dos Lagos, incluindo pescadores e estudantes. No entanto, é necessário melhorar a divulgação dessas informações para que a conscientização chegue à população em geral.
A coordenadora geral do Projeto Cavalos-Marinhos, Natalie Freret, ressalta que a pesquisa desses animais na Lagoa de Araruama começou em 2021, quando eles começaram a aparecer na região. Desde então, surgiram várias preocupações, como a venda ilegal dos cavalos-marinhos em feiras. É importante destacar que a captura, o manuseio, o armazenamento e o transporte desses animais são proibidos por lei.
Além disso, a coordenadora destaca que é proibido comercializar cavalos-marinhos capturados em ambiente natural. Os cavalos-marinhos são protegidos pela portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente, devido ao risco de extinção. Portanto, a população deve informar imediatamente caso encontre algum animal morto ou em situação de venda ilegal.
Outra preocupação é o manuseio inadequado dos cavalos-marinhos, especialmente durante o verão. Muitas pessoas são flagradas tirando esses animais da água para manipulá-los e, muitas vezes, acabam causando danos irreversíveis. Natalie Freret recomenda que as pessoas evitem tocar nos animais e busquem fotografá-los à distância. Ela ressalta que o hábito de retirar o animal da água pode causar asfixia e até mesmo a morte.

O município de São Pedro da Aldeia, responsável pela Lagoa de Araruama, está tomando medidas para conscientizar a população sobre a preservação dos cavalos-marinhos. Foi apresentado um projeto de lei da Política de Educação Ambiental que tem como objetivo promover a conscientização ambiental efetiva entre os cidadãos aldeenses. Apesar de ainda estar em processo de aprovação, o município está mais próximo de implementar uma política ambiental efetiva.
Enquanto isso, a prefeitura realiza ações ao longo do ano para promover a conscientização ambiental e sinaliza as praias com placas informativas alertando sobre a proibição do manuseio inadequado dos cavalos-marinhos. Além disso, está programado um evento de conscientização ambiental na Praia das Pedras de Sapiatiba no próximo dia 3 de fevereiro, onde serão oferecidas informações sobre o Programa da Bandeira Azul aos banhistas.

A conscientização ambiental é fundamental para proteger os cavalos-marinhos na Lagoa de Araruama. É preciso que a população entenda a importância de preservar esses animais e respeitar as leis que proíbem sua captura e manuseio inadequado. A colaboração de todos é essencial para garantir a sobrevivência dessas espécies únicas.
Fonte da notícia: Guia Região dos Lagos