Ex-presidente da EBC continuará a receber salário por seis meses
O ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, receberá seu salário do funcionalismo público pelos próximos seis meses, conforme decisão da Comissão de Ética Pública do Planalto. O valor correspondente é de R$ 34.895,78 por mês.
A medida faz parte da quarentena remunerada, uma prática adotada pelo funcionalismo público a fim de evitar vazamento de informações confidenciais para o setor privado.
Demissão e polêmicas
Doyle foi demitido da presidência da EBC em 18 de outubro, após compartilhar em suas redes sociais uma postagem que chamava os apoiadores de Israel de “idiotas”. A publicação original era do cartunista esquerdista Carlos Latuff, conhecido por suas posições antissemitas.
O ex-presidente da EBC vinha publicando uma série de posts com viés anti-israelense, como a mensagem em que comparava a ação de Israel na Palestina ao hipotético bombardeio de todo o Rio de Janeiro para punir milicianos e traficantes.
Diante da repercussão negativa, Doyle foi substituído por Jean Lima como presidente interino da EBC.
Quarentena remunerada
A quarentena remunerada é um mecanismo estabelecido pelo funcionalismo público para garantir que servidores que antes tinham acesso a informações sigilosas não as utilizem indevidamente em benefício próprio ou em favor de empresas privadas.
Esse período de afastamento remunerado é uma medida de precaução para evitar conflitos de interesse e garantir a transparência e ética no setor público.
Gestão de Doyle na EBC
Durante sua gestão na EBC, Hélio Doyle adotou uma política editorial que negava o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em um artigo veiculado pela Agência Brasil, o veículo afirmou que a presidente do Conselho Curador, Rita Freire, teve seu cargo cassado após o “golpe de 2016”. O ex-presidente da EBC demonstrou apoio a essa visão ao afirmar que, na sua opinião, foi golpe.
O posicionamento de Doyle gerou controvérsias, já que a negação do impeachment de Dilma Rousseff vai contra a ampla maioria dos juristas e da opinião pública que reconhecem o processo como legítimo.
A gestão do ex-presidente também foi marcada por sua postura anti-israelense, o que acabou gerando constrangimento para o governo e foi um dos motivos para sua demissão.
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Fonte da Notícia: Plantão Guia Região dos Lagos