Estudo estima aumento do garimpo em áreas indígenas

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Garimpo ilegal ameaça terras indígenas no Brasil

O garimpo ilegal está devastando terras indígenas no Brasil, colocando em risco a biodiversidade, os rios e as comunidades locais. De acordo com um levantamento realizado pelo Greenpeace Brasil, as terras indígenas Yanomami, Kayapó e Munduruku foram as mais afetadas pela atividade ilegal, com uma área total de 26,4 mil hectares ocupada pelo garimpo.

Em 2023, o garimpo destruiu uma área de 1.409,3 hectares nas terras indígenas mencionadas, o que equivale à abertura de quatro campos de futebol por dia. Os dados revelam que os esforços de combate e fiscalização nessas áreas ainda são insuficientes, o que exige medidas urgentes por parte dos governos para acabar com essa atividade ilegal proibida por lei.

Segundo Jorge Eduardo Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil, a presença dos garimpeiros nas terras indígenas representa uma ameaça às comunidades locais, à biodiversidade e aos rios. Ele ressalta a necessidade de uma Amazônia livre de garimpo e que é preciso reforçar as operações e os trabalhos de fiscalização não apenas na TI Yanomami, mas também nas TIs Kayapó e Munduruku, que têm sido muito prejudicadas.

Recentemente, as lideranças dos povos Kayapó, Munduruku e Yanomami se uniram para formar a Aliança em Defesa dos Territórios, que atua politicamente para combater a exploração ilegal de ouro. A Aliança conta com o apoio do Instituto Socioambiental (ISA) e do Greenpeace Brasil.

A Amazônia concentra quase a totalidade do garimpo no Brasil, sendo que as TIs Kayapó, Munduruku e Yanomami são as áreas com a maior concentração de garimpos no país. Imagens de satélite mostram que várias das novas áreas de garimpo abertas em 2023 estão próximas a aldeias nas três terras indígenas, com destaque para a TI Munduruku, onde os garimpos estão adjacentes a pelo menos 15 aldeias.

Ao analisar os dados, é importante ressaltar que nem sempre os problemas socioambientais são proporcionais ao tamanho da área de garimpo. Isso explica por que, apesar de ter a menor área de garimpo das três TIs analisadas, a TI Yanomami concentra tantos conflitos.

A situação é alarmante e exige ações imediatas por parte dos governos para combater o garimpo ilegal em terras indígenas. É fundamental fortalecer as operações de fiscalização e adotar medidas efetivas para proteger as comunidades indígenas, a biodiversidade e os recursos naturais da Amazônia.

Imagens:
– [Imagem 1: garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku em março de 2023](https://ciclovivo.com.br/wp-content/uploads/2024/03/garimpo-indigenas-ciclovivo-1024×683.jpeg)
– [Imagem 2: avanço do garimpo nas aldeias do povo Kayapó](https://ciclovivo.com.br/wp-content/uploads/2024/03/garimpo-terras-indigenas-ciclovivo1-1024×547.jpeg)
– [Imagem 3: avanço do garimpo nas aldeias do povo Kayapó](https://ciclovivo.com.br/wp-content/uploads/2024/03/garimpo-terras-indigenas-ciclovivo2-1024×547.jpeg)
– [Imagem 4: território dos Munduruku é o segundo mais invadido](https://ciclovivo.com.br/wp-content/uploads/2024/03/garimpo-terras-indigenas-ciclovivo2-1024×547.jpeg)
– [Imagem 5: garimpo na Terra Indígena Yanomami](https://ciclovivo.com.br/wp-content/uploads/2024/03/garimpo-yanomami-indigenas-1024×536.jpeg)
– [Imagem 6: garimpo na Terra Indígena Yanomami](https://ciclovivo.com.br/wp-content/uploads/2024/03/garimpo-yanomami-indigenas2-1024×536.jpeg)

É fundamental tomar medidas para proteger as terras indígenas e garantir a preservação da Amazônia, um dos biomas mais importantes do mundo. A destruição causada pelo garimpo ilegal representa uma ameaça real para o meio ambiente e para as comunidades que dependem desses recursos naturais. Ações concretas devem ser tomadas agora para resolver esse problema urgente.

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