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5 Formas de Reciclagem Alimentar que Ajudam a Cortar Emissões!

Reciclagem alimentar ajuda a reduzir emissões

Estudo Revela Impacto da Reciclagem de Resíduos Alimentares nas Emissões de Gases de Efeito Estufa

Uma pesquisa recente destaca que métodos alternativos para a reciclagem de resíduos alimentares, como compostagem e digestão anaeróbica, podem reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em comparação ao descarte em aterros sanitários. Essa abordagem ganha atenção em um momento crítico para o sistema agroalimentar global, que já enfrenta desafios devido ao crescimento populacional, degradação do solo e urbanização.

Desafios do Sistema Agroalimentar e o Papel dos Resíduos Alimentares

Zhengxia Dou, professora de sistemas agrícolas na Universidade da Pensilvânia, enfatiza que o sistema agroalimentar é um dos principais responsáveis pelas emissões de GEE. “Todos participam deste sistema global, pois todos consomem alimentos”, pontua Dou. A pesquisa revela que cerca de um terço dos alimentos destinados ao consumo humano é perdido ou desperdiçado antes mesmo de chegar à mesa, gerando impacto negativo na segurança alimentar e desperdiçando recursos como terra e água.

Métodos de Reciclagem e Seus Benefícios Ambientais

A pesquisa analisou dados de 91 estudos conduzidos em 29 países para entender o impacto da reciclagem de alimentos nas emissões de GEE. Foram explorados três métodos principais: compostagem, digestão anaeróbica e realimentação de resíduos alimentares para animais. A compostagem e a digestão anaeróbica, que transformam os resíduos em biogás, são processos que reduzem a necessidade de aterros, que, ao receberem esses resíduos, geram metano — um gás de efeito estufa poderoso.

Os resultados mostram que esses métodos podem diminuir significativamente as emissões de GEE. Zhengxia Dou, uma das autoras do estudo, destaca que qualquer método de reciclagem é preferível ao envio para aterros sanitários. Isso se deve ao fato de que os resíduos alimentares, ao se decomporem anaerobicamente nos aterros, liberam metano, que tem um potencial de aquecimento global 80 vezes maior que o do dióxido de carbono em um período de 20 anos.

Implicações Globais e Ação Necessária

O estudo aponta que países como a União Europeia, China e Estados Unidos, que possuem grandes sistemas agroalimentares, são responsáveis por volumes enormes de desperdício de alimentos e, consequentemente, emissões de GEE. “Eles são superemissores de metano”, diz Dou. A eliminação do envio de resíduos alimentares para aterros nesses países pode representar uma redução significativa das emissões. Nos EUA, essa redução estimada seria equivalente à compensação das emissões de metano de quase nove milhões de vacas leiteiras.

Realimentação e a Redução do Uso de Ração Convencional

Entre as abordagens estudadas, a realimentação de resíduos alimentares para animais se destaca como uma solução eficiente, pois pode diminuir o uso de ração convencional, economizando recursos naturais e fertilizantes. A pesquisa revelou que, na China, mais de cinco por cento das terras dedicadas ao cultivo de soja e milho poderiam ser poupadas com a adoção desta prática. Além disso, a realimentação pode substituir parcialmente o uso de soja e milho na ração animal, aspecto crucial para países que dependem de importações.

Conclusão: A Importância da Consciência Coletiva

Os métodos estudados — compostagem, digestão anaeróbica e realimentação — são práticos, de baixo custo, e têm mostrado eficácia em mitigar emissões, além de oferecer benefícios adicionais para a conservação de recursos. Zhengxia Dou conclui que é fundamental aumentar a conscientização sobre a perda e o desperdício de alimentos, incentivando ações individuais para reduzir nossa pegada ecológica.

O estudo foi publicado na revista *Nature Food* e ressalta a importância de ver os resíduos alimentares como um recurso valioso para enfrentar os desafios ambientais globais.

Fonte da Notícia: https://ciclovivo.com.br/planeta/desenvolvimento/reciclagem-alimentar-ajuda-a-reduzir-emissoes/

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