Balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira, 27, revelou que o Brasil registrou um recorde de mortes por dengue no ano de 2023. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram contabilizadas 1.079 mortes relacionadas à doença.
Os dados históricos divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o número mais alto de óbitos por dengue havia sido registrado em 2022, com 1.053 casos. O ano de 2015 também apresentou um alto índice de mortes, com 986 registros.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde ressaltou a importância de intensificar os esforços e as medidas de prevenção para reduzir a transmissão da doença. Em nota, o órgão enfatizou que é fundamental que a população busque o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas, a fim de evitar o agravamento dos casos.
Quanto à vacina contra a dengue, o Ministério da Saúde informou que ela foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 21 de janeiro. No entanto, inicialmente, sua distribuição será restrita, uma vez que o laboratório fabricante, a Takeda, possui uma capacidade limitada de fornecimento.
O primeiro lote da vacinação será focado em regiões e públicos prioritários, com previsão de ser realizado nas primeiras semanas de janeiro. A vacina Qdenga, desenvolvida pela empresa japonesa Takeda Pharma, apresentou uma eficácia geral de 84% na redução da hospitalização em casos de dengue, de acordo com os dados avaliados pela Comissão de Avaliação Tecnológica.
É válido mencionar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a vacina contra a dengue em outubro de 2023. A decisão se baseou nas análises do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (SAGE).
A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas incluem febre alta, dores musculares, dores de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo. Em casos mais graves, a dengue pode levar à dengue grave ou dengue hemorrágica, que são formas mais graves da doença e podem ser fatais.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que a população esteja consciente e adote medidas preventivas para combater a proliferação do mosquito vetor. É importante eliminar possíveis criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada, e utilizar repelentes e mosquiteiros para evitar picadas.
Além disso, o papel do poder público também é crucial no combate à dengue. É necessário investir em ações de conscientização, campanhas educativas e no fortalecimento da infraestrutura de saúde para garantir um combate eficaz à doença.
É fundamental que a situação da dengue no Brasil seja encarada como uma questão de saúde pública urgente, exigindo ações efetivas por parte do governo, da sociedade e da comunidade médica. Somente com um esforço conjunto será possível reduzir os casos de dengue e evitar mais mortes causadas por essa doença.