São Pedro da Aldeia: perigo de perda de patrimônio

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A defesa de Glaidson Acácio dos Santos teve um recurso negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes relacionado à tentativa de recuperar a posse de aparelhos eletrônicos apreendidos do dono da empresa GAS Consultoria. Glaidson, conhecido como Faraó dos Bitcoins, é acusado de liderar um esquema baseado em criptomoedas que teria lesado os investidores em até R$ 10 bilhões.

Os advogados alegaram que os aparelhos contêm provas às quais a defesa não teve acesso. No entanto, Gilmar Mendes negou o pedido de entrega dos equipamentos, seguindo o posicionamento da Justiça Federal do Rio de Janeiro, que informou ao magistrado que os defensores de Glaidson já tiveram acesso amplo ao acervo de provas e que haveria riscos na devolução dos aparelhos.

A Polícia Federal afirmou que há uma grande possibilidade de dissipação de patrimônio, pois um dos aparelhos apreendidos contém uma carteira de criptomoedas no valor de R$ 74,2 milhões. Esse valor seria parte do montante que Glaidson teria junto aos investidores.

Em junho, Gilmar Mendes decidiu manter a prisão do Faraó dos Bitcoins após a defesa impetrar um pedido de habeas corpus alegando problemas psiquiátricos.

Nesta quarta-feira (24), a Justiça do Rio de Janeiro iniciou a primeira audiência para ouvir as testemunhas do processo contra Glaidson. A segunda audiência está marcada para o dia 4 de setembro.

Antes do início da audiência, o juiz da 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado, Gustavo Kalil, negou um pedido da defesa de Glaidson para suspender as oitivas. O Faraó dos Bitcoins participou da audiência por videoconferência, direto da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, onde está preso.

Durante a audiência, a primeira testemunha ouvida foi o delegado Guilherme Catramby, que detalhou sobre a Operação Kryptos, que resultou na prisão de Glaidson em agosto de 2021, além do modus operandi da quadrilha e a participação do Faraó dos Bitcoins no esquema.

Outras testemunhas ouvidas foram os policiais Ricardo Santos da Silva e Carlos Magno de Sousa, que falaram sobre a suposta participação de Glaidson no assassinato de Wesley Pessano em (RJ). O policial Rubens Barbosa da Silva também depôs sobre a tentativa de homicídio de Nilson da Silva e João da Silva, supostamente a mando de Glaidson.

O juiz também ouviu os depoimentos do policial Guilherme Ferreri, sobre o funcionamento da organização criminosa, o segurança de banco e investidor de criptomoedas Wellington Câmara, que negou ter sofrido ameaças por sua atuação no mercado, e a diretora da Divisão de Evidência Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Maria do Carmo Gargalhone, sobre as técnicas utilizadas nas perícias das investigações.

A defesa de Glaidson continua tentando reverter a decisão da justiça em relação aos aparelhos eletrônicos apreendidos, mas até o momento não teve sucesso. Ainda não há previsão para o término do processo contra o Faraó dos Bitcoins e a conclusão das investigações sobre o esquema financeiro envolvendo criptomoedas.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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