MPRJ prende 4 policiais civis por extorsão
No dia 21 de setembro, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou a Operação Achaque e prendeu quatro policiais civis sob a acusação de associação criminosa e extorsão. As denúncias relatam que os agentes estavam envolvidos em atos de coerção e ameaças contra empresários em Cabo Frio, na Região dos Lagos.
Agentes recebiam propina em dinheiro e por Pix
De acordo com a denúncia, aceita pela Justiça, o grupo recebia propina tanto em dinheiro vivo quanto por meio de transferências via Pix, dentro da própria delegacia. O MPRJ destacou que foram encontrados comprovantes de pagamentos que corroboram as acusações.
Esquema de extorsão e ameaças
Os policiais civis agiam de forma agressiva, abordando motoristas de caminhões-pipa e distribuidoras de gás nas ruas, sempre portando distintivos e até mesmo fuzis. Sob ameaças, eles extorquiam dinheiro das vítimas, alegando que, caso não pagassem a propina, seus veículos seriam apreendidos.
Além disso, a denúncia aponta que os agentes também negociavam e recebiam propina dentro das delegacias de Cabo Frio e da Delegacia de Atendimento à Mulher da cidade.
Prisões e histórico do envolvimento dos agentes
Os policiais presos foram identificados como Alcino Luiz Costa Pereira, Carlos Alberto Imbrahim Rolemberg, Carlos Anderson Bazilio Fontes e Sebastião Cotrim de Moraes. Alcino Pereira, um dos alvos da operação, já havia sido preso anteriormente na Operação Fim da Linha, em 2022, que desmantelou uma quadrilha envolvida em cobrança de propina em bingos clandestinos e casas de prostituição no Rio de Janeiro.
A ação do MPRJ demonstra o combate a atos ilícitos cometidos por membros das forças de segurança e reforça a importância de uma atuação rigorosa no enfrentamento da corrupção e do abuso de poder.
