Menina de 9 anos é vítima de abuso sexual em São Pedro da Aldeia
Um lamentável caso de abuso sexual veio à tona em São Pedro da Aldeia, onde uma menina de apenas 9 anos foi situada como vítima. O padrasto da criança, após confessar os crimes na delegacia, foi surpreendentemente liberado, gerando revolta na família da menina. A ocorrência foi registrada na última quinta-feira (19) na 125ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro Botafogo.
Segundo relatos da família, a criança demonstrou resistência em passar tempo a sós com o padrasto, o que levou sua mãe a indagar sobre o motivo. A resposta da menina foi alarmante: “não quero ficar com o tio, porque ele faz coisa com ela que adulto faz”. Isso resultou em um questionamento por parte da mãe, que decidiu confrontar o companheiro. Ele confirmou os abusos, alegando que não iria mais fazer isso e pedia perdão.
A mãe, horrorizada com as revelações, se dirigiu à delegacia para formalizar a denúncia. No registro policial, ficou documentado que o padrasto admitiu ter colocado seu pênis na boca da menina em duas ocasiões e também ter tocado suas partes íntimas, embora não tenha ocorrido penetração. A mãe especificou que não possui datas exatas para os abusos, mas mencionou que mantém um relacionamento com o homem há cerca de um ano e que estão casados há seis meses.
Além de registrar a ocorrência, o caso foi levado ao Conselho Tutelar e a menina passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Apesar das evidências e da confissão do abusador, ficou claro que o homem foi liberado das dependências policiais por falta de flagrante, uma decisão que gerou muito sofrimento e indignação na família da menina.
O pai da vítima expressou sua revolta: “Quando fomos à delegacia, o autor do crime se entregou e estava lá. No dia seguinte, retornamos para sermos ouvidos pela delegada e ele já tinha sido solto”, contou, ressaltando a frustração pelo fato de o criminoso ter voltado às ruas tão rapidamente. O pai ainda mencionou uma conversa com o avô da menina, onde um policial lamentou a liberação do padrão da criança, sinalizando que não saberia qual seria sua reação caso estivesse no lugar da família.
“Eu desejo que, poxa, a minha filha não é desamparada, tem um pai por ela. O máximo que eu puder fazer para chamar a atenção, espero que a justiça leve isso em consideração rapidamente, principalmente porque ele está solto. Se ele abusou de uma, pode ter feito o mesmo com outras”, desabafou o pai, apontando que a menininha não é a única filha do acusado. A criança tem três irmãs, e uma delas é filha do homem, enquanto as outras duas são crianças pequenas que costumavam ficar com ele quando a mãe saía. O desespero da família é visível.
Com base nas informações atuais, a família descobriu que o acusado bloqueou todos os seus contatos profissionais e pessoais, desativou suas redes sociais e deixou a cidade, o que aumenta a preocupação com a segurança da menina e de outras crianças. A família teme que o agressor possa ter fugido para evitar as consequências legais de seus atos, um comportamento que é notoriamente recorrente em casos de abuso.
A situação encontrada pela família e as falhas no sistema judicial que permitiram a soltura do padrasto antes que medidas mais rigorosas fossem implementadas geraram uma onda de indignação nas redes sociais. Muitos defendem a necessidade de uma reforma nas legislações sobre crimes de abuso sexual para garantir que casos como este sejam tratados com seriedade e que as vítimas tenham a proteção e a justiça que merecem.
Esse episódio trágico destaca a urgência de se discutir questões de abuso sexual e como as autoridades podem atuar para proteger as vítimas, especialmente as crianças. A espera por justiça é angustiante e reflete as lacunas existentes no sistema que deveriam agir no sentido de prevenir que esses crimes potencialmente continuem a ocorrer.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos