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Marcha pelo Clima une vozes em São Paulo antes do G20
Nos dias que antecedem a participação dos líderes das vinte maiores economias do globo no G20, que acontecerá no Rio de Janeiro, diversas manifestações estão marcadas em várias cidades do Brasil. O foco desses protestos é uma chamada à atenção para questões socioambientais que impactam severamente a natureza e a vida das populações. Os atos buscam destacar a urgência climática e o combate à fome.
Na cidade de São Paulo, um amplo conjunto de movimentos sociais, ativistas ambientais, políticos, artistas e comunicadores se une para reforçar a necessidade de ações imediatas diante do cenário climático, que já ultrapassa limites críticos. A Coalizão pelo Clima de São Paulo convida a população e diversos grupos a participar da Marcha pelo Clima, agendada para o próximo sábado, 16 de novembro de 2024, com início às 15h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo – MASP, localizado na Avenida Paulista, 1578, próximo à estação Trianon Masp do metrô.
A manifestação seguirá até a Avenida Sena Madureira, onde a prefeitura está realizando a derrubada de árvores centenárias e desalojando comunidades vulneráveis sem fornecer a devida compensação para a construção de um túnel viário que favorece o tráfego de veículos.
A questão climática se encontra em estado crítico, com gases de efeito estufa sendo os principais responsáveis pelo aumento da temperatura média global, resultando em alterações drásticas no comportamento das estações e nos padrões de chuvas. A população tem enfrentado secas severas e grandes inundações, que resultam na desocupação de residências, afetam a agricultura, elevam os preços dos alimentos e colocam em risco o fornecimento de água para diversas cidades.
Enquanto isso, no campo, o agronegócio e os incêndios florestais ilícitos devastam ecossistemas e ceifam a vida animal. Nas áreas urbanas, a construção civil avança sobre árvores, impermeabiliza solos e oculta corpos d’água.
Os participantes da Marcha pelo Clima trarão uma série de bandeiras de luta, incluindo a reivindicação pelo controle popular das terras e florestas; a promoção da reforma agrária agroecológica como uma alternativa sustentável à expansão do agronegócio; e a defesa dos direitos e territórios de povos indígenas e comunidades tradicionais empobrecidas.
As reivindicações também incluem a expropriação de terras onde atividades agrícolas foram iniciadas de forma ilegal, a proibição de práticas agropecuárias em áreas desmatadas ou queimadas ilegalmente, e a transição para sistemas alimentares que visem uma redução considerável do consumo de produtos de origem animal. Além disso, reclama-se pelo fortalecimento dos órgãos de proteção ambiental, como o ICMBio e o Ibama.
Os participantes da Marcha pelo Clima almejam sensibilizar a população para a crescente crise ambiental que aflige o Brasil e denunciar os responsáveis pela devastação ambiental. É igualmente emergente discutir o conceito de decrescimento sustentável, considerando o consumismo exacerbado que predomina em nossa sociedade e que se alinha aos interesses do capitalismo, comprometendo a saúde do planeta.
A agricultura familiar, que é responsável por aproximadamente 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, deve ser valorizada como uma alternativa para garantir a soberania alimentar, cultivando produtos essenciais, como feijão, mandioca, frutas e hortaliças, ao contrário do direcionamento do agronegócio, que foca em commodities e práticas que impulsionam o desmatamento e a degradação ambiental.
“Unam-se à Marcha pelo Clima para exigir justiça climática no Brasil e por um futuro onde todas as formas de vida na Terra sejam respeitadas e cuidadas. O momento de agir é agora, pois somos a última geração capaz de provocar mudanças efetivas antes que se torne tarde demais”, convocam os organizadores do evento.
Informações sobre a Marcha pelo Clima em São Paulo
- Data: 16 de novembro de 2024
- Horário: 15h
- Local: Avenida Paulista, 1578, em frente ao MASP, Metrô Trianon Masp, São Paulo – SP
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