São Paulo sedia a Caminhada pelo Clima

São Paulo recebe a Marcha pelo Clima

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Marcha pelo Clima une vozes em São Paulo antes do G20

Manifestação pela Marcha pelo Clima no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil
A manifestação Marcha pelo Clima integra o Ato Global pelo Clima, que ocorre em diversas partes do mundo, alertando sobre a crise climática e o aumento das catástrofes naturais. Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil

Nos dias que antecedem a participação dos líderes das vinte maiores economias do globo no G20, que acontecerá no Rio de Janeiro, diversas manifestações estão marcadas em várias cidades do Brasil. O foco desses protestos é uma chamada à atenção para questões socioambientais que impactam severamente a natureza e a vida das populações. Os atos buscam destacar a urgência climática e o combate à fome.

Na cidade de São Paulo, um amplo conjunto de movimentos sociais, ativistas ambientais, políticos, artistas e comunicadores se une para reforçar a necessidade de ações imediatas diante do cenário climático, que já ultrapassa limites críticos. A Coalizão pelo Clima de São Paulo convida a população e diversos grupos a participar da Marcha pelo Clima, agendada para o próximo sábado, 16 de novembro de 2024, com início às 15h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo – MASP, localizado na Avenida Paulista, 1578, próximo à estação Trianon Masp do metrô.

A manifestação seguirá até a Avenida Sena Madureira, onde a prefeitura está realizando a derrubada de árvores centenárias e desalojando comunidades vulneráveis sem fornecer a devida compensação para a construção de um túnel viário que favorece o tráfego de veículos.

Construção do túnel na Avenida Sena Madureira em São Paulo
A construção do túnel poderá deixar mais de 500 pessoas sem moradia, além da derrubada de quase 200 árvores na área da Avenida Sena Madureira, na Zona Sul de São Paulo. Foto: Agência Pública

A questão climática se encontra em estado crítico, com gases de efeito estufa sendo os principais responsáveis pelo aumento da temperatura média global, resultando em alterações drásticas no comportamento das estações e nos padrões de chuvas. A população tem enfrentado secas severas e grandes inundações, que resultam na desocupação de residências, afetam a agricultura, elevam os preços dos alimentos e colocam em risco o fornecimento de água para diversas cidades.

Enquanto isso, no campo, o agronegócio e os incêndios florestais ilícitos devastam ecossistemas e ceifam a vida animal. Nas áreas urbanas, a construção civil avança sobre árvores, impermeabiliza solos e oculta corpos d’água.

Os participantes da Marcha pelo Clima trarão uma série de bandeiras de luta, incluindo a reivindicação pelo controle popular das terras e florestas; a promoção da reforma agrária agroecológica como uma alternativa sustentável à expansão do agronegócio; e a defesa dos direitos e territórios de povos indígenas e comunidades tradicionais empobrecidas.

Marcha pelo Clima no Rio de Janeiro
Manifestantes seguram cartazes durante a Marcha pelo Clima no dia 21 de setembro, no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil

As reivindicações também incluem a expropriação de terras onde atividades agrícolas foram iniciadas de forma ilegal, a proibição de práticas agropecuárias em áreas desmatadas ou queimadas ilegalmente, e a transição para sistemas alimentares que visem uma redução considerável do consumo de produtos de origem animal. Além disso, reclama-se pelo fortalecimento dos órgãos de proteção ambiental, como o ICMBio e o Ibama.

Os participantes da Marcha pelo Clima almejam sensibilizar a população para a crescente crise ambiental que aflige o Brasil e denunciar os responsáveis pela devastação ambiental. É igualmente emergente discutir o conceito de decrescimento sustentável, considerando o consumismo exacerbado que predomina em nossa sociedade e que se alinha aos interesses do capitalismo, comprometendo a saúde do planeta.

A agricultura familiar, que é responsável por aproximadamente 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, deve ser valorizada como uma alternativa para garantir a soberania alimentar, cultivando produtos essenciais, como feijão, mandioca, frutas e hortaliças, ao contrário do direcionamento do agronegócio, que foca em commodities e práticas que impulsionam o desmatamento e a degradação ambiental.

Hortas urbanas em Curitiba
Hortas urbanas em Curitiba promovendo a agricultura sustentável. Foto: Valdenir Daniel Cavalheiro | Copel

“Unam-se à Marcha pelo Clima para exigir justiça climática no Brasil e por um futuro onde todas as formas de vida na Terra sejam respeitadas e cuidadas. O momento de agir é agora, pois somos a última geração capaz de provocar mudanças efetivas antes que se torne tarde demais”, convocam os organizadores do evento.

Informações sobre a Marcha pelo Clima em São Paulo

  • Data: 16 de novembro de 2024
  • Horário: 15h
  • Local: Avenida Paulista, 1578, em frente ao MASP, Metrô Trianon Masp, São Paulo – SP

 

Fonte: Guia Região dos Lagos

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