Mãe de MC Foca do Salgueiro alega injustiça na prisão do filho
Mãe do MC Foca do Salgueiro, Jorge Douglas Cordeiro de Oliveira, contesta a prisão do rapper de 30 anos, afirmando que ele foi detido injustamente sob a acusação de roubo a uma residência em Rio das Ostras, ocorrido em março deste ano. Luiza Andréa Cordeiro, técnica de enfermagem, relata que seu filho é trabalhador e sonha em ser MC para ajudar a família, e acredita que o preconceito por ele ser de favela e negro possa estar influenciando na situação.
Acusação de roubo e identificação questionável
Segundo a mãe de MC Foca, ele foi preso em agosto deste ano, mas só ficou sabendo do motivo quando chegou à delegacia, onde foi informado que estava sendo investigado pelo crime de assalto. Entretanto, a família argumenta que as vítimas afirmaram que os assaltantes estavam encapuzados, impossibilitando a identificação.
Luiza afirma que seu filho não estava presente na região de Rio das Ostras no dia do crime, pois reside em Búzios e estava no Salgueiro com amigos. Ela suspeita que o reconhecimento feito pela vítima tenha sido baseado em uma foto de seu filho, que já teve passagens anteriores pela polícia e, consequentemente, possui registro no sistema. Além disso, a mãe ressalta que a descrição do suspeito com uma tatuagem de bússola no punho não coincide com as tatuagens de MC Foca, que possui apenas uma no braço com dizeres bíblicos.
Condições da prisão e a luta por justiça
O rapper encontra-se detido em Benfica, na Zona Norte do Rio, e ainda não teve a oportunidade de ver sua mãe desde então. Luiza relata que ele está confiante de que conseguirá provar sua inocência e afirma que a situação está sendo extremamente dolorosa para toda a família.
Jorge, que é pai de dois filhos, anseia estar presente na vida deles. A família planeja organizar um ato em frente ao presídio para clamar por justiça. A defesa de MC Foca alega que ele estava em São Gonçalo no dia e no momento do crime, e que há testemunhas e registros que comprovam sua presença lá.
Andamento do caso e possíveis recursos
O delegado Marcelo Bianchi, responsável pelo caso, informou que ainda não há uma data definida para as audiências relacionadas ao caso, e que a defesa tem a possibilidade de recorrer da prisão. O Tribunal de Justiça do Rio declarou que, até o momento, a audiência de custódia manteve a prisão, mas que o processo continua em andamento e a defesa pode fazer os devidos recursos necessários.
