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A nova gestão de Rio das Ostras adota medidas emergenciais na Saúde Pública
Na última quarta-feira (15), a Administração Municipal de Rio das Ostras declarou Estado de Calamidade Pública e Estado de Emergência em Saúde Pública, uma decisão que foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde. A legitimidade do decreto foi confirmada em uma votação especial ocorrida na Câmara Municipal na quinta-feira (16).
Essa determinação visa enfrentamento do caótico cenário na Saúde Municipal, que se caracteriza por uma grande escassez de recursos humanos e materiais, além da carência de uma infraestrutura capaz de atender às solicitações da população.
AUDITORIA INDEPENDENTE – Um levantamento realizado por uma auditoria independente, contratada para investigar a Rede Municipal de Saúde, revelou um quadro alarmante de assistência à população. O relatório destacou a ausência de profissionais qualificados, a precariedade da infraestrutura, a interrupção de serviços essenciais e a falta de medicamentos e insumos. Essa situação resultou em longas filas de espera para procedimentos básicos, exames e cirurgias eletivas.
A nova gestão, liderada pelo prefeito Carlos Augusto Balthazar e pelo secretário de Saúde, Fábio Simões, tem se dedicado a visitar as unidades de saúde, buscando entender as necessidades e dialogar com os servidores. O objetivo é identificar as intervenções emergenciais e prioritárias necessárias para retomar um atendimento de saúde adequado a todos os cidadãos.
Ao assumir, a nova gestão se deparou com servidores da Saúde enfrentando condições de trabalho extremamente difíceis. Os profissionais atuavam em ambientes sem a devida conservação e manutenção, além de estarem sobrecarregados.
Entre os principais desafios enfrentados pela Saúde de Rio das Ostras, tanto o Conselho de Saúde quanto a Administração Municipal mencionam a necessidade urgente de informatização dos processos e documentos. A falta de um sistema integrado e digitalizado tem sido um obstáculo, dificultando a agilidade do atendimento e a resolução de casos, além de não permitir que a Administração tenha uma visão precisa dos indicadores de saúde no município.
SITUAÇÃO GRAVE – A gravidade da situação se intensifica durante a alta temporada, quando a demanda pelos serviços de saúde pode aumentar três vezes. Além disso, há uma preocupação crescente com possíveis surtos de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, especialmente devido à rescisão dos contratos de 80 Agentes de Combate às Endemias (ACEs), o que compromete ainda mais a resposta sanitária do município.
“Desde o primeiro dia de governo, temos trabalhado arduamente para reverter a crise na Saúde do município. Apesar das dificuldades, estamos determinados a transformar este cenário caótico, contando com o apoio do Conselho Municipal de Saúde, do Legislativo e também das esferas Estadual e Federal. Nossa população merece voltar a ter acesso a um atendimento de saúde de qualidade, como já ocorreu em tempos passados”, afirmou o prefeito Carlos Augusto Balthazar.
A respeito do Decreto de Estado de Emergência em Saúde, o procurador geral do Município, Renato Vasconcellos, ressaltou que essa medida facilita a busca por recursos junto aos governos Federal e Estadual, visando a melhoria rápida dos indicadores de saúde. A aquisição e locação de novas ambulâncias está entre as prioridades mais imediatas a serem adotadas.
O período de Estado de Calamidade e Emergência em Saúde Pública foi estabelecido por um prazo de 100 dias, conforme publicado na edição de número 1779 do Jornal Oficial, com a data de 15 de janeiro de 2025.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos
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