Quando usar brises, cobogós e muxarabis no projeto?

Cobogó casa

Brises, Cobogós e Muxarabis: Elementos que Unem Estética e Funcionalidade na Arquitetura

A arquitetura contemporânea busca um equilíbrio entre forma e função, e esse equilíbrio torna os elementos que combinam praticidade com beleza extremamente valorizados. Entre essas soluções destacam-se os brises, cobogós e muxarabis. Além de controle da luminosidade, eles favorecem a ventilação natural e garantem a privacidade, ao mesmo tempo em que conferem aos ambientes um charme inconfundível.

Brises, cobogós e muxarabis são soluções inteligentes que acrescentam valor a projetos, especialmente em termos de sustentabilidade e funcionalidade. Ao serem integrados ao design, tornam-se uma forma de enriquecer esteticamente os espaços, trazendo frescor e personalidade, como explica um arquiteto especializado na área.

Entendendo as Diferenças entre Brises, Cobogós e Muxarabis

Para compreender as particularidades de cada um desses elementos, é fundamental analisar como interagem na filtragem da luz e na ventilação. O arquiteto detalha que essas características são essenciais para atender às demandas específicas de conforto, estética e funcionalidade de cada projeto.

Cobogó casa com projetor arquitetônico
O acesso principal da casa exibe o Cobogó Sol, projetado para proporcionar frescor e iluminação natural ao interior. Foto: Juliana Deeke

Os brises, por exemplo, são conhecidos por suas lâminas que podem ser dispostas de forma vertical ou horizontal. Esse recurso, amplamente adotado na arquitetura moderna, é uma invenção do arquiteto francês Le Corbusier e se tornou uma solução versátil nas fachadas de projetos contemporâneos no Brasil.

  • Muxarabis:

Os muxarabis têm suas raízes na arquitetura árabe e ganharam espaço em regiões como o Norte da África e a Península Ibérica. A tradição foi trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, surgindo originalmente como gradis de madeira. Este elemento se adapta a diversos materiais, servindo como divisórias, revestimentos ou até mesmo fechamento de janelas e varandas.

Muxarabi em projeto de marcenaria
No projeto de marcenaria, a elegante porta com acabamento de muxarabi se destaca na área social do apartamento. Foto: Rafael Renzo

Uma das características mais fascinantes do muxarabi é sua capacidade de permitir um jogo de luz e privacidade. Enquanto quem está dentro do ambiente pode observar o exterior, o contraste impede a visão interna a partir de fora, garantindo uma sensação de proteção e conforto.

Esse elemento é especialmente apreciado em ambientes que demandam controle de ventilação e luminosidade. Frequentemente, elemento central em portas de entrada e painéis decorativos, o muxarabi apresenta um design estético que não passa despercebido.

Muxarabi em ambiente social
Projeto desenvolvido para destacar o muxarabi em áreas sociais. Foto: Juliana Deeke
  • Cobogós:

Os cobogós, icônicos na arquitetura brasileira, têm suas origens no movimento modernista e foram inspirados na estética dos muxarabis. Esses elementos são compostos por peças de cerâmica ou outros materiais e são bastante utilizados como divisórias ou para enriquecer fachadas com um toque artístico.

Cobogós em projeto de fachada
Cobogós em construção, permitindo passagem de luz e ventilação em ambientes. Foto: Juliana Deeke

Os cobogós criam uma dança de sombras que traz um elemento lúdico aos ambientes, sendo especialmente adequados para áreas que requerem privacidade, como corredores e fachadas.

  • Brises:
Brises em fachada de edifício
Na fachada do edifício, o brise-soleil destaca-se, evidenciando a iluminação natural. Foto: Alexandre Disaro

Os brises, construídos a partir de lâminas dispostas estrategicamente, se tornaram uma escolha popular na arquitetura contemporânea, sendo utilizados em diferentes tipos de edificações. Sejam fixos, móveis ou automatizados, esses elementos são capazes de controlar a entrada de luz de forma personalizada, aumentando o conforto térmico.

Materiais usados nos brises
Os brises podem ser fabricados com diversos materiais, cada um com suas vantagens estéticas e funcionais. Foto: Divulgação

Esses elementos podem ser integrados de maneira versátil tanto em fachadas quanto em pergolados e tetos retráteis, sendo fundamentais em projetos que buscam aliar estética e eficiência técnica.

Dicas Práticas do Especialista

Embora existam usos convencionais para brises, cobogós e muxarabis, é importante liberá-los de restrições tradicionais. Um cobogó, por exemplo, pode servir como uma cabeceira ou balcão de cozinha, enquanto o muxarabi pode ser utilizado em armários ou como parte de painéis decorativos.

Muxarabi no hall de entrada
O desenho do arquiteto ressalta o uso criativo do muxarabi em um hall de entrada. Foto: Rafael Renzo

Em suma, a escolha de materiais adequados é essencial, especialmente aqueles que estarão expostos às condições climáticas. Para áreas externas, recomenda-se o uso de substâncias que suportem a ação do sol e da chuva, como madeiras tratadas ou alumínio. Além disso, a carta solar pode ser um guia útil para decidir em relação à orientação das lâminas, maximizando a eficiência energética.

Por fim, a automatização desses elementos, quando viável, pode melhorar significativamente a praticidade e o conforto do dia a dia, tornando a experiência nos ambientes ainda mais agradável.

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A publicação original pode ser consultada aqui.

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