PSB resiste em retirar pré-candidatura de Tabata em SP
Apesar das investidas do ex-presidente Lula (PT), a cúpula do PSB resiste em retirar a pré-candidatura da deputada Tabata Amaral para a prefeitura de São Paulo. Aliados de Lula tentam costurar um acordo para que Guilherme Boulos (PSOL) seja o único candidato da esquerda na disputa pelo comando da capital paulista no ano que vem, opção rechaçada pelo partido de Geraldo Alckmin.
Na semana passada, Lula deu um recado aos seus ministros dizendo que não quer “bola dividida” entre os seus ministros durante as eleições municipais. A avaliação dentro do Palácio do Planalto é de que a fala foi uma sinalização para Alckmin e para o ministro Márcio França (Empreendedorismo), ambos do PSB, de que o governo federal não pode ter dois palanques em São Paulo.
Apesar disso, integrantes do PSB afirmam que não existe a possibilidade de um acordo que resulte na retirada do nome de Tabata Amaral da disputa. No mesmo dia da reunião ministerial de Lula, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, se reuniu com a deputada para tratar das estratégias para ampliar a sua visibilidade na pré-campanha.
A avaliação dentro do partido de Siqueira é de que o nome de Tabata pode ganhar visibilidade e projeção em meio à polarização entre Boulos e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Levantamento de dezembro do instituto Paraná Pesquisas mostrou a deputada com 8,9% das intenções de votos. No primeiro cenário apresentado, Boulos tem 31,1% das intenções de voto, ante 25,4% de Nunes.
Quem será apoiado por Lula em São Paulo?
O presidente Lula já deu início aos trabalhos de cabo eleitoral da pré-candidatura de Boulos em São Paulo. No último dia 16, por exemplo, o petista colocou o atual deputado federal em seu palanque durante uma agenda em Itaquera, na zona Leste.
Além de incluir o pré-candidato em suas agendas pela capital paulista, o presidente tenta atrair de volta ao PT a ex-prefeita Marta Suplicy e torná-la candidata a vice. A expectativa é de que Marta Suplicy cumpra na chapa de Boulos o mesmo papel que Alckmin teve na chapa de Lula na disputa presidencial do ano passado.
Atualmente, Marta é secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes.
Tendências eleitorais e alianças políticas
As eleições municipais em São Paulo prometem ser mais acirradas do que nunca. Com um cenário polarizado entre os candidatos de esquerda e direita, as alianças políticas se tornam fundamentais para garantir a vitória nas urnas.
O PSB, partido de Tabata Amaral, enfrenta uma pressão para desistir da pré-candidatura e apoiar Guilherme Boulos. No entanto, membros do partido afirmam que acredita-se no potencial da deputada e não veem motivos para retirá-la da disputa.
Enquanto isso, Lula busca atrair Marta Suplicy de volta ao PT, na tentativa de fortalecer a pré-candidatura de Boulos. A ex-prefeita poderia agregar votos e experiência política à chapa, de forma semelhante ao papel de Alckmin na chapa de Lula na eleição presidencial.
A disputa eleitoral em São Paulo também envolve o atual prefeito Ricardo Nunes, que tenta se reeleger pelo MDB. Os dados levantados pelo instituto Paraná Pesquisas mostram uma polarização entre Boulos e Nunes, com Tabata Amaral em terceiro lugar nas intenções de voto.
É importante ressaltar que as eleições ainda estão distantes e muitos fatores podem influenciar no resultado final. Alianças políticas, visibilidade dos candidatos e propostas de governo serão determinantes para o sucesso nas urnas.
A população de São Paulo será responsável por decidir qual caminho a cidade seguirá nos próximos anos. A disputa eleitoral promete ser acirrada e repleta de reviravoltas, e apenas o tempo dirá quem será o próximo prefeito da capital paulista.
