Prefeitos de cidades litorâneas se encontram em Niterói para pressionar a Enel após falta de energia em Búzios.

Após apagão, prefeitos se reúnem em Niterói para cobrar a Enel | Enfoco

Prefeitos de diversos municípios se reuniram nesta segunda-feira (27) no Theatro Municipal de Niterói para discutir soluções para a crise no setor elétrico no estado e exigir uma melhora nos serviços prestados pela concessionária Enel. O objetivo do encontro foi também elaborar um plano preparatório para o verão, período em que a demanda por energia elétrica costuma ser maior.

Durante a reunião, o deputado federal Max Lemos, membro da Comissão de Minas e Energia, ressaltou a insatisfação dos prefeitos com a atuação da Enel: “Todo mundo sabe que a Enel já foi expulsa de Goiás. No Ceará, o problema é sério, e no Rio de Janeiro não é diferente. É por isso que iniciamos esse grande movimento e não será uma renovação fácil”. Lemos ainda informou que já existem dois pedidos de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a concessionária.

A concessão com a Enel começou em 2001 e terá vigência até 2026. Segundo Lemos, a qualidade dos serviços prestados pela empresa é ruim e diversas intervenções já foram realizadas sem sucesso. Atualmente, há dois pedidos de CPI em andamento na Câmara Federal. O deputado destacou a importância do consenso entre as prefeituras para buscar soluções conjuntas.

Niterói deu entrada em uma ação judicial contra a Enel devido ao apagão que durou uma semana na cidade após um temporal no dia 18. A Segunda Vara Cível de Niterói determinou multa diária de R$ 200 mil à concessionária por não ter restabelecido o fornecimento de energia elétrica na cidade. O prefeito de Niterói, Axel Grael, enfatizou a necessidade de uma concessionária que tenha uma resposta mais rápida e uma capacidade gerencial melhor.

Além de Niterói, outras cidades também foram afetadas pelo problema na Enel. O prefeito de Búzios, Alexandre Martins, relatou que a demora em restabelecer a energia elétrica causou grande prejuízo para o comércio local, que tem grande movimento principalmente nos finais de semana. Ele destacou a importância de reverter essa situação e encontrar uma solução que atenda a todos os municípios afetados.

A prefeita de Saquarema, Manoela Peres, afirmou ter recebido ligações desesperadas de moradores relatando a falta de luz. Ela ressaltou que é preciso uma resposta mais ágil da concessionária, principalmente quando se trata de equipamentos de socorro que dependem da energia elétrica para funcionar corretamente.

Em nota divulgada na última quinta-feira (23), a Enel informou que havia restabelecido o fornecimento de energia para os clientes afetados pela tempestade. A empresa também mobilizou cerca de 900 equipes para agilizar o atendimento e solucionar os problemas ocasionados pelos danos à rede elétrica causados pelas chuvas intensas e descargas atmosféricas.

Nesta terça-feira (28), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Serviços Delegados e das Agências Reguladoras da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) realizará uma audiência pública para ouvir os presidentes das empresas Enel e Light, a fim de esclarecer a falta de energia em diversos pontos do estado nos últimos dias.

A crise no setor elétrico do Rio de Janeiro tem causado transtornos e prejuízos para a população e o comércio das cidades afetadas. A expectativa dos prefeitos é que, com a pressão e a união dos municípios, seja possível encontrar uma solução satisfatória para o problema e garantir um serviço de qualidade aos moradores do estado.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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