A prática de usar linha chilena é crime previsto em lei federal e estadual
Agentes da 6ª Unidade de Polícia Ambiental (UPAm) apreenderam, na noite de terça-feira (23), em Maricá, Região Metropolitana do Rio, carretéis e uma lata com linha chilena, durante a realização de um festival clandestino de pipas. O caso aconteceu na Avenida Beira Mar, altura do número 114, em Itaipuaçu.
Segundo a UPAm, quando os agentes chegaram ao local para verificar a denúncia de realização do evento, houve correria entre os participantes. Após buscas no local, os policiais ambientais apreenderam o material mas ninguém foi preso. O caso foi registrado na 82ª DP (Maricá).
Prática proibida por lei
A prática ilegal é prevista na lei federal 9605/98 e na lei estadual 8478/2019. Esta última proíbe a comercialização, o uso, o porte e a posse de substância constituída de vidro moído e cola (cerol), além da linha encerada com quartzo moído, algodão e óxido de alumínio (linha chilena), e de qualquer produto utilizado na prática de soltar pipas que possua elementos cortantes.
Já a lei federal de crimes ambientais prevê que é proibido produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produtos ou substâncias tóxicas, perigosas ou nocivas à saúde humana ou ao meio ambiente, como é o caso da linha chilena, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos. A pena prevista é de reclusão, de um a quatro anos, além de multa.
A prática de soltar pipas é uma tradição popular em diversas regiões do Brasil. No entanto, o uso de linha chilena tem causado preocupação por conta dos riscos que oferece. A linha chilena é feita de cerol, uma mistura de vidro moído e cola, que é passada na linha de nylon utilizada nas pipas. Esse revestimento torna a linha chilena extremamente cortante, o que pode representar perigo para a segurança de pessoas e animais.
Os acidentes causados pelo uso da linha chilena são frequentes e têm consequências graves. Muitas vezes, a linha fica presa em fios elétricos, causando curto-circuito e até mesmo acidentes fatais. Além disso, o uso da linha chilena também oferece risco para motociclistas, ciclistas e pessoas que transitam nas ruas, pois o fio cortante pode provocar ferimentos graves.
Diante desse cenário, é fundamental conscientizar a população sobre os perigos do uso da linha chilena. É importante que os pais orientem seus filhos sobre a prática segura de soltar pipas, utilizando materiais adequados e evitando o uso de substâncias cortantes. Além disso, cabe às autoridades fiscalizar e punir os infratores, garantindo a segurança de todos.
Apreensões como a realizada pela UPAm são essenciais para coibir a prática ilegal e garantir a tranquilidade da população. É preciso reforçar a fiscalização e promover campanhas educativas para conscientizar sobre os riscos do uso da linha chilena. Somente assim será possível garantir a segurança de todos e preservar vidas.
A utilização da linha chilena é um crime passível de punição, e é dever de todos colaborar para coibir essa prática. A segurança de crianças, adultos e animais deve ser prioridade, e não vale a pena arriscar vidas por um momento de diversão. Soltar pipas é uma atividade prazerosa e tradicional, mas é essencial que seja realizada de forma segura e consciente, evitando qualquer tipo de risco.
Fotos:
– Foto: Divulgação / CPAm
– Foto: Divulgação / CPAm
É importante lembrar que o uso da linha chilena é crime e todos devem respeitar a legislação. A conscientização e a fiscalização são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar de todos. Faça sua parte e denuncie qualquer prática ilegal relacionada ao uso da linha chilena. A segurança é responsabilidade de todos!
