PF realiza operação em Niterói, Maricá e Itaboraí e prende bombeiro.

PF faz a limpa em Niterói, Maricá e Itaboraí; bombeiro é preso | Enfoco

A Polícia Federal (PF) está realizando uma operação nesta terça-feira (12) para combater um grupo criminoso que capturava e vendia ilegalmente animais silvestres, incluindo espécies ameaçadas de extinção. A ação, chamada de Defaunação, resultou na prisão de três suspeitos, sendo um deles um bombeiro militar apontado como chefe da quadrilha.

A operação está cumprindo três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e , no Grande Rio. Segundo as investigações, o grupo era liderado pelo bombeiro militar e contava com a colaboração de servidores do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar. Além disso, uma estudante de graduação e dois veterinários também estavam envolvidos no esquema.

De acordo com as informações divulgadas, o grupo atuava de forma constante na captura de animais silvestres, contando com a ajuda de caçadores. Em seguida, os animais eram mantidos em cativeiro com o apoio de receptadores. Por fim, os animais eram vendidos através das redes sociais por valores que variavam entre R$ 20 mil e R$ 120 mil.

Uma das práticas criminosas utilizadas pelo grupo era cadastrar os animais de forma fraudulenta no Sistema Nacional de Gestão da Fauna Silvestre (Sisfauna) e no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (Sispass), ambos geridos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Dessa forma, os animais eram vendidos com documentos falsos, o que influenciava no valor de venda.

Segundo as informações reveladas, o grupo movimentou pelo menos R$ 2,4 milhões com as vendas ilegais de animais silvestres. No entanto, acredita-se que o esquema criminoso tenha gerado mais de R$ 14 milhões aos envolvidos. Entre as espécies traficadas estavam araras, papagaios, cervos, iguanas, pássaros e macacos. Um exemplo de animal traficado é o macaco-prego-de-crista (Sapajus robustus), que possui status de ameaçado de extinção.

A ação da Polícia Federal conta com o apoio das corregedorias do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Essa operação é de extrema importância para combater o tráfico ilegal de animais silvestres, que representa uma ameaça à biodiversidade e contribui para o desequilíbrio ambiental.

É fundamental que a sociedade esteja ciente dos danos causados pelo tráfico de animais, que além de prejudicar a fauna local, também pode afetar a saúde pública. O comércio ilegal de espécies silvestres é uma prática criminosa e deve ser combatida pelas autoridades competentes.

É importante ressaltar que denúncias de crimes ambientais podem ser feitas através dos canais disponibilizados pelos órgãos responsáveis, como a Polícia Federal e o Ibama. A conscientização e a participação da população são fundamentais para coibir essa prática e preservar nossa fauna e flora.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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