Petroleiros iniciam paralisações para pressionar a Petrobras nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho
Os sindicatos de petroleiros anunciaram o início de paralisações em todo o país como forma de pressionar a Petrobras nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A iniciativa é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). A categoria reivindica um reajuste real de 3% nos salários, 3,8% referente à reposição das perdas passadas e a equiparação das tabelas salariais da Petrobras e suas subsidiárias.
As assembleias realizadas desde 18 de setembro resultaram na rejeição da segunda contraproposta da Petrobras, que oferecia apenas 1% de ganho real, além da reposição da inflação, totalizando 5,66% de reajuste. Diante disso, os petroleiros decidiram iniciar as paralisações como forma de pressionar a empresa a atender suas reivindicações.
As paralisações terão diferentes formatos e devem durar de três a quatro horas. O movimento começou na sexta-feira (27) nas refinarias e usinas termelétricas da Petrobras, e se estenderá para as subsidiárias na segunda-feira (30), unidades administrativas na terça-feira (31) e bases de Exploração e Produção na quarta-feira (1º de novembro).
Além das questões salariais, a categoria também tem outras demandas em negociação. Entre elas, estão o resgate do plano de saúde AMS e da previdência complementar, a Petros. Outras pautas incluem transferências compulsórias, política de recomposição de efetivo via concurso público, pagamento de horas-extras e regras para teletrabalho, entre outros temas.
No entanto, é importante ressaltar que algumas dessas demandas dependem da revisão de normas pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. As partes envolvidas têm buscado envolver diretamente a ministra da pasta, Esther Dweck, para discutir as principais reivindicações, especialmente relacionadas ao plano de saúde da categoria e suas taxas de custeio.
Com as paralisações em andamento, o setor petrolífero está atento ao desenrolar das negociações entre os sindicatos de petroleiros e a Petrobras, considerando seu impacto nas operações e no cenário energético do país. O jornal O Dia – Projeto Cidades está em busca de contato com a Petrobras para obter comentários sobre o caso.
As paralisações são uma estratégia legítima dos trabalhadores para buscar melhores condições de trabalho e salários. No entanto, é importante ressaltar que essas ações podem gerar impactos no abastecimento de combustíveis e em outras atividades do setor petrolífero. Portanto, é fundamental que as negociações avancem de forma justa e equilibrada, levando em consideração os interesses tanto dos trabalhadores quanto da empresa.
A Petrobras desempenha um papel fundamental no cenário energético do país e no desenvolvimento da indústria petrolífera brasileira. Por isso, é essencial que as partes envolvidas encontrem um acordo que atenda às necessidades dos trabalhadores, sem comprometer a sustentabilidade e o crescimento da empresa.
É importante esperar o desenrolar das negociações e acompanhar os desdobramentos das paralisações para entender os impactos reais dessa mobilização. O diálogo entre as partes envolvidas é fundamental para alcançar um consenso e evitar prejuízos para todas as partes interessadas.
Em um cenário de retomada econômica e busca por investimentos no setor petrolífero, é essencial que as negociações sejam conduzidas com responsabilidade e perspectiva de longo prazo. A busca por soluções adequadas e sustentáveis é fundamental para garantir a continuidade das operações da Petrobras e o bem-estar dos trabalhadores.
Em suma, as paralisações dos petroleiros são um reflexo da insatisfação da categoria com as propostas da Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho. Espera-se que as negociações avancem para que um acordo justo e equilibrado seja alcançado, garantindo melhores condições de trabalho e salários para os petroleiros, sem comprometer a sustentabilidade da empresa e a oferta de energia para o país. O acompanhamento e o diálogo são essenciais nesse processo para evitar conflitos e prejuízos para todas as partes envolvidas.