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NDC Indígena é destaque na Marcha das Mulheres com propostas inovadoras

NDC Indígena

Na última segunda-feira (4), em Brasília, durante a IV Marcha das Mulheres Indígenas, representantes dos povos indígenas e movimentos sociais apresentaram importantes reivindicações ao governo federal. Entre as entregas está a “NDC Indígena”, uma proposta construída coletivamente para ser levada à COP30, destacando a importância da demarcação dos territórios indígenas e o envolvimento ativo das mulheres indígenas em soluções climáticas.

### Participação Ativa na COP30

O evento, que teve início no dia 2 de agosto e se estenderá até o dia 8, reúne milhares de mulheres e líderes indígenas de várias partes do Brasil, especialmente da região amazônica. A Marcha das Mulheres Indígenas, considerada a maior assembleia de mulheres originárias do país, também conta com a participação de representantes de outros países da Bacia Amazônica. Um dos principais objetivos é garantir que essas vozes sejam ouvidas em grandes eventos internacionais, como a COP30.

Um momento expressivo aconteceu no domingo (3), durante o diálogo sobre a COP30 na Tenda da Amazônia. Esse espaço foi fundamental para ressaltar a importância da presença feminina em debates decisórios relevantes para o planeta. Yaqueline Torres Melo, da Comissão Nacional de Mulheres Indígenas da Colômbia (CNMI), destacou a necessidade de uma comissão feminina com poder de decisão na COP30, afirmando que “as mudanças climáticas são questões de alcance global”.

### A NDC Indígena: Demandas e Metas

A “NDC Indígena” é um documento que pleiteia a demarcação e proteção dos territórios indígenas como estratégia essencial de mitigação climática. Este plano de ação propõe metas específicas, quantificáveis e monitoráveis, alinhando-se aos compromissos globais do Acordo de Paris de 2015. Desde então, mais de 190 países têm submetido suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) à ONU, visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Os principais eixos da NDC Indígena incluem o reconhecimento territorial como mitigação climática, a implementação de planos de adaptação tradicionais, o fim dos combustíveis fósseis, a exclusão de práticas destrutivas como mineração e monoculturas em terras indígenas, acesso a financiamentos climáticos, respeito e participação indígena em justiça climática, valorização do conhecimento tradicional e a integração entre clima, biodiversidade e oceanos.

### Marcha das Mulheres e a Luta por Justiça Climática

Organizada pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), a marcha é apoiada por diversas entidades. A mobilização culminará com uma marcha em Brasília, nesta quinta-feira (7), quando centenas de mulheres tomarão as ruas rumo ao Congresso Nacional para reivindicar seus direitos e chamar a atenção para a importância da proteção ambiental e social.

A primeira Conferência Nacional das Mulheres Indígenas também foi realizada no contexto da marcha, reforçando a necessidade de ações efetivas e a participação ativa das mulheres indígenas na tomada de decisões relacionadas à questão climática e à defesa de seus territórios.

As declarações e reivindicações apresentadas ao governo fazem parte da campanha global “A Resposta Somos Nós”, uma busca por justiça climática onde os povos indígenas têm protagonismo.

Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://ciclovivo.com.br/cop30/ndc-indigena-e-apresentada-na-marcha-das-mulheres/)

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