Ministro esquerdista de Lula no STF

O “ministro comunista” de Lula no STF

Lula celebra nomeação de Flávio Dino ao STF

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou satisfação com a nomeação de Flávio Dino (PSB) ao Supremo Tribunal Federal (STF) em evento realizado nesta quinta-feira, 14 de dezembro. Lula se vangloriou de ter colocado “o primeiro ministro comunista” na história do Supremo.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Flávio Dino, filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de 2006 a 2021, foi eleito deputado federal por duas vezes e governador do Maranhão também por duas vezes. Atualmente, ele é filiado ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) e foi eleito senador em 2022.

Quando ainda fazia parte do PCdoB, Dino declarou em várias ocasiões sua idolatria ao comunismo. Em uma entrevista à TV Brasil em 2015, ele afirmou que, como “socialista, comunista e marxista”, seguia “o que Lenin recomendava”. Em janeiro daquele ano, quando assumiu o governo do Maranhão, disse ser “comunista, graças a Deus”.

Votação apertada no Senado

A nomeação de Flávio Dino ao STF foi aprovada em uma sessão do plenário do Senado com 47 votos a favor e 31 votos contra. Antes disso, ele havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com 17 votos favoráveis e 10 contrários.

O resultado da votação reflete uma intensa campanha realizada por ministros do STF, advogados e integrantes do governo. Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, ministros do STF, sugeriram a indicação de Dino e entraram em contato com senadores para pedir votos em seu favor.

Além dos ministros, outros políticos e figuras influentes participaram da campanha para a aprovação de Dino. Ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Rui Costa (Casa Civil) se envolveram no processo. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, também pediu votos pessoalmente para o indicado.

Posse em 2022

Devido ao recesso do Poder Judiciário, a posse de Flávio Dino no STF está marcada para o dia 22 de fevereiro. Ele já afirmou que deixará o cargo de Ministro da Justiça apenas em 2024. Com isso, Lula terá o tempo necessário para escolher o sucessor de Dino no ministério.

Flávio Dino no STF
Foto: Divulgação/STF

É importante ressaltar que a nomeação de Flávio Dino ao STF gerou reações diversas na sociedade brasileira. Há aqueles que apoiam sua indicação, destacando sua experiência política e jurídica. Por outro lado, existem críticas que questionam sua filiação passada ao PCdoB e sua posição ideológica.

Independentemente das opiniões divergentes, a nomeação de Flávio Dino como ministro do STF é um fato histórico que marca a trajetória política brasileira. Cabe agora ao novo membro da Suprema Corte cumprir sua função de forma imparcial e contribuir para a defesa da Constituição e dos princípios democráticos do país.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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