Rompimento de mina da Braskem foi localizado, diz prefeito de Maceió
Foto: Reprodução/Braskem
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, afirmou neste domingo, 10, que foi localizado o colapso de parte da mina 18 da Braskem e que há uma tendência de estabilização. A região já havia sido evacuada e os impactos ambientais na lagoa do Mundaú ainda serão avaliados. “Há uma tendência agora de estabilização. Os danos e impactos ambientais só podem ser medidos após todo o evento”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais enquanto sobrevoava a região.
O rompimento da mina ocorreu na tarde deste domingo depois de semanas de monitoramento após abalos sísmicos. Na manhã deste domingo, a Defesa Civil informou que a velocidade do afundamento da mina acelerou para 0,52 cm por hora. No total, o deslocamento vertical da cavidade chegou a 2,35 metros.
De acordo com o levantamento realizado pela Braskem, o rompimento da mina 18 pode ter sido ocasionado pelo processo de ajuste do solo, que acontece de forma contínua desde 2018. A empresa já havia identificado problemas geológicos que poderiam ocasionar esse colapso e, por isso, a área havia sido evacuada e monitorada.
Ao todo, 17 bairros foram afetados pela evacuação preventiva, que envolveu cerca de 2.000 famílias. A Defesa Civil e a Braskem estão prestando assistência às famílias afetadas, oferecendo abrigo e auxílio emergencial. Também foi montada uma operação para monitorar e garantir a segurança da região afetada.
A preocupação com os impactos ambientais é grande, principalmente em relação à lagoa do Mundaú. Esse é um dos principais cartões-postais de Maceió e uma importante área de preservação ambiental. A lagoa está localizada próxima à região do afundamento da mina e existe o receio de contaminação das águas por produtos químicos utilizados na extração do sal-gema.
A Braskem é uma empresa petroquímica brasileira e uma das maiores produtoras de resinas termoplásticas das Américas. Ela opera em diversos estados do Brasil, incluindo Alagoas, onde está localizada a mina que sofreu o colapso. A empresa vem enfrentando uma crise desde 2019, quando surgiram os primeiros indícios de que suas atividades estavam causando afundamentos e rachaduras em Maceió.
A situação é preocupante, pois além dos danos ambientais, os afundamentos também impactam diretamente a população, que vive com medo de que suas casas sejam atingidas. Muitas famílias já foram realocadas e outras estão aguardando uma solução para esse problema. É necessário que as autoridades competentes, juntamente com a Braskem, ajam de forma rápida e eficaz para solucionar essa situação e garantir a segurança e qualidade de vida da população.
É importante ressaltar que as investigações sobre o rompimento da mina e seus impactos ainda estão em andamento. A Braskem está colaborando com as autoridades para apurar as responsabilidades e adotar as medidas necessárias para reparar os danos causados.
Enquanto isso, a população de Maceió aguarda por respostas e soluções para esse problema, que afeta diretamente suas vidas e seu bem-estar. É fundamental que haja transparência e comprometimento por parte das empresas envolvidas e das autoridades para que a situação seja resolvida de forma justa e satisfatória para todos os afetados.
FONTE: Plantão Guia Região dos Lagos