No último sábado (03), os militares mortos carbonizados teriam sido retirados à força de uma casa de prostituição por criminosos armados após uma confusão no local. A denúncia foi feita pelo pai de uma das vítimas.
Elisandro Equey, de 61 anos, pai do Sargento do Exército Júlio Cesar Mikaloski, uma das vítimas, esteve na delegacia responsável pela investigação na 125ª Delegacia de Polícia (125ª DP), logo após a polícia informar que o corpo de seu filho e amigo, o Sargento da Marinha Sidney Lins dos Santos Júnior, havia sido encontrado Estrada da Caveira dentro de um carro. Acompanhado da família, o homem saiu do Rio de Janeiro na madrugada deste domingo (04) e chegou à região dos Lagos.
Em entrevista ao jornal O Globo, Elisandro disse estar aguardando o procedimento a ser realizado na comarca e convocou diversas testemunhas para depor. Segundo ele, um terceiro amigo dos militares que moravam na região estava com eles no dia em que foram torturados e executados. Ele também prestou depoimento na delegacia.
Durante a audiência, Elisandro obteve uma declaração relatando o que pode ter acontecido na noite em que Julio e Sidney foram assassinados. Os amigos estavam no bordel quando o tumulto começou. Eles foram retirados do local por homens armados com fuzis, que entraram no local e levaram os militares para o carro, depois seguiram para a Estrada da Caveira, onde foram carbonizados.
Os familiares dos militares ainda aguardam o resultado dos exames de DNA que atestarão as identidades de Júlio e Sidney para que os corpos possam ser liberados do Instituto Médico Legal (IML), de onde foram levados para Cabo Frio e possam ser sepultados.
A 125ª Polícia de São Pedro da Aldeia continua a conduzir as investigações e a diligências para identificar os autores do crime.