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Investigação dos EUA sobre práticas comerciais brasileiras envolve o Pix e gera tensões

A recente investigação aberta pela Casa Branca sobre as práticas comerciais do Brasil destacou o sistema de pagamento instantâneo Pix, apontando-o como um dos principais fatores de disputa. A ação norte-americana questiona as movimentações do Banco Central do Brasil em 2020, quando freou a implantação do WhatsApp Pay, um serviço de pagamento da Meta, visando impedir uma concorrência direta com o Pix, que seria lançado logo em seguida. Esse cenário gerou atritos, uma vez que o Pix rapidamente conquistou popularidade entre os brasileiros, enquanto o WhatsApp Pay não obteve o mesmo sucesso.

Resistência de gigantes da tecnologia ao Pix

Não é apenas a Meta que enfrenta desafios relacionados ao Pix. A Apple, embora não diretamente envolvida na investigação dos EUA, tem seus próprios problemas com o sistema de pagamento brasileiro. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está investigando a empresa por possíveis práticas anticompetitivas que dificultam a operação de carteiras digitais com o uso do Pix por aproximação em dispositivos iPhone. Enquanto usuários de Android já usufruem dessa facilidade, os donos de iPhones ainda enfrentam restrições. A Apple limita o acesso de desenvolvedores aos sensores NFC, que permitem pagamentos sem contato, e busca cobrar taxas pelas transações — algo que contrasta com a gratuidade do Pix, mantida pela infraestrutura do Banco Central.

A ameaça de taxação sobre as Big Tech

Em meio a este cenário, o presidente Lula reviveu discussões sobre a possível taxação das Big Techs. Esta proposta, já ventilada anteriormente, ganhou força após a Casa Branca anunciar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. O governo considera implementar um imposto sobre serviços digitais, possivelmente na forma de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). No entanto, especialistas destacam que o avanço desta ideia enfrentaria significativas barreiras tanto políticas quanto econômicas.

A discussão sobre a taxação das gigantes da tecnologia não se restringe apenas ao Brasil. Em vários países, há um movimento crescente em busca de regulamentos mais rigorosos para equilibrar as práticas de mercado dessas empresas, garantindo uma concorrência justa e beneficiando tanto consumidores quanto players locais.

Desafios e perspectivas futuras

O cenário atual aponta para um campo de batalhas multilaterais envolvendo grandes empresas de tecnologia e políticas comerciais nacionais. A expansão do Pix e as reações de gigantes como a Meta e Apple ilustram os desafios de implementar sistemas inovadores sem esbarrar em disputas comerciais internacionais. Neste contexto, o Brasil busca fortalecer sua posição enquanto navega pelas complexas relações econômicas globais, equilibrando inovação tecnológica e interesses comerciais.

Os próximos capítulos desta história prometem influenciar a dinâmica entre gigante da tecnologia e economias nacionais. A crescente popularidade do Pix, aliado a um possível movimento de taxação, evidencia a necessidade de constante adaptação e regulação no cenário global digitalizado. O resultado dessas disputas pode redefinir como as transações financeiras e digitais são conduzidas, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

Fonte da Notícia: [Fonte: Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/07/21/aliada-da-meta-planeja-1-datacenter-em-porto-alegre-no-pos-enchente.htm)

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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