Maricá: Suspeito de assassinato é liberado por decisão da justiça

Desdobramentos no Assassinato de Eliezer dos Santos

A situação envolvendo o assassinato de Eliezer dos Santos, ocorrido no mês de dezembro em Maricá, ganhou novos contornos recentemente. Conforme informações do advogado Marcello Ramalho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu revogar as duas ordens de prisão emitidas pela Vara Criminal de Maricá, que tinham como alvo Elenicio Gomes da Silva, principal suspeito de ter cometido o homicídio e de ter ocultado o cadáver da vítima. As decisões judiciais foram efetivadas no último sábado (26).

“Elenicio obteve êxito em conseguir duas liminares de habeas corpus, concedidas pelas 7° e 8° Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça”, informou Ramalho, que também revelou que os pedidos que levaram à soltura foram assinados pelos advogados Raphael Mattos e Carolina Ramos.

Na avaliação do advogado, as determinações judiciais da Vara Criminal de Maricá eram tanto “teratológicas” quanto insuficientes em termos de fundamentação. “Ao concederem as liminares, os desembargadores agiram corretamente, uma vez que as ordens de prisão apresentavam nulidades insanáveis, resultando em uma coação ilegal”, justificou Ramalho.

Contextualização do Crime

Na terça-feira (10), um policial militar e um outro homem foram detidos em flagrante sob a suspeita de estarem envolvidos na morte de Eliezer dos Santos, que aconteceu no dia 7 do mesmo mês, e por ter ocultado seu corpo na restinga de Maricá. A operação policial foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).

Conforme apurado pelas autoridades civis, os três suspeitos já se conheciam e trabalhavam em conjunto há aproximadamente 15 anos. Eliezer dos Santos e Elenicio Gomes da Silva tinham sido contratados pelo PM Douglas Faria da Silva para executar uma reforma em sua residência. No dia em que a tragédia aconteceu, os três se reuniram e consumiram bebidas alcoólicas, e em determinado momento, Elenicio teria disparado contra Eliezer, resultando em sua morte imediata.

Os inquéritos indicam que Douglas orientou Elenicio a transportar o corpo de Eliezer em um veículo até a restinga de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, onde deveriam incinerá-lo. A Delegacia de Homicídios foi acionada e, em decorrência disso, prendeu os dois homens em flagrante.