Polícia mata criança autista em tiroteio em Maricá, Rio de Janeiro
Um trágico tiroteio ocorrido em Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro, resultou na morte de uma criança autista de 11 anos na última quarta-feira (12). A mãe do menino, Dijalma, relatou que policiais atiraram contra seu filho enquanto ela o levava para a escola, alegando que o garoto era inocente e estava segurando sua mão quando foi atingido pelos disparos. O pai, que estava em casa com os outros filhos, afirmou que os policiais chegaram atirando e que o menino não teve chance de reagir.
Versões conflitantes
A Polícia Militar divulgou uma nota afirmando que seus agentes foram atacados por criminosos armados durante o patrulhamento e que encontraram a criança já falecida após o confronto. No entanto, a mãe contesta essa versão e clama por justiça pelo filho.
Investigação em curso
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí está conduzindo as investigações do caso e já ouviu os pais da criança. Os policiais envolvidos no tiroteio também serão interrogados, além de terem suas armas recolhidas para confronto balístico.
Repercussão e protestos
A morte de Dijalma gerou indignação na região, levando a protestos com manifestantes incendiando objetos e tentando bloquear as vias. Duas pessoas ficaram feridas e uma viatura policial foi danificada.
Situação alarmante
O instituto Fogo Cruzado, responsável por monitorar a violência no estado, informou que Dijalma foi a sexta criança a perder a vida na Grande Rio em 2023, e que 15 crianças foram baleadas somente este ano na região.
Posicionamentos e pedidos por medidas
A Secretaria de Educação de Maricá lamentou profundamente o falecimento de Dijalma, que era aluno da Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro, e prestou condolências aos familiares e amigos. A comunidade local reivindica respostas e medidas para evitar que tragédias como essa se repitam, colocando em risco a vida de crianças inocentes.