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Maricá dá dicas a pescadores sobre boas práticas na pesca artesanal

Maricá orienta pescadores sobre boas práticas na pesca artesanal — RC24H

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A Prefeitura de Maricá promove reunião com pescadores para orientar sobre a pesca artesanal

No dia 18 de outubro, a Prefeitura de , através da Secretaria de Pesca, realizou uma importante reunião na sede do projeto Navegar, localizada na orla do Boqueirão. O objetivo do encontro foi oferecer orientações aos representantes das associações de pescadores do município sobre a prática de pesca artesanal, enfatizando métodos que sejam seguros, responsáveis e conscientes. A reunião contou com o suporte das Secretarias de Segurança Cidadã e de Proteção e Defesa Civil, que estarão envolvidas nas ações de fiscalização do sistema lagunar.

Durante o evento, foram discutidos diversos temas, como o uso excessivo de redes inadequadas, que podem afetar o fluxo das marés nas lagoas e comprometer as desovas dos peixes. Também foram apresentadas as medidas disciplinares que a lei impõe para aqueles que descumprirem as normas estabelecidas. Além disso, a proposta de um circuito de fiscalização pelas lagoas foi uma das sugestões levantadas durante a reunião.

Critérios para a atividade pesqueira no Complexo Lagunar

Para os pescadores que desejam atuar no Complexo Lagunar de , há uma série de critérios que devem ser atendidos, de acordo com as diretrizes da Portaria Ministerial do Ministério da Pesca e da Aquicultura, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente. Entre os critérios estabelecidos, destacam-se: a proibição da pesca na área da Lagoa Brava, assim como em pontos acima e abaixo das pontes do complexo lagunar; e a restrição ao uso de redes de emalhe, espera ou tarrafa que não atendam aos padrões exigidos. O regulamento ainda indica os locais autorizados para a prática de pesca, que somente poderá ser realizada com o uso de linha ou com tarrafa, entre outras determinações.

O secretário de Pesca, Xandi de Bambuí, apelou para que a comunidade pesqueira colabore na fiscalização e preservação do sistema lagunar, reconhecendo a riqueza de sua biodiversidade. Nas lagoas, podem ser encontrados peixes como carapicu, carapeba, robalo, peixe-rei, ubarana, faquéco, tainha, tilápia, bagre, acará e piraúna, além de corvina, pampo, camarão, siri, guaiamu e caranguejo uçá.


“As redes que não estiverem adequadas às normas pesqueiras serão removidas. Se o pescador for associado a alguma entidade, ele receberá uma advertência e o caso será comunicado à associação correspondente. O material poderá ser apreendido e levado para o depósito, além de o pescador arriscar a perda do Seguro Defeso, um benefício do Governo Federal. Por isso, vamos assegurar que a pesca seja organizada de maneira a garantir que nosso sistema lagunar, que é riquíssimo, continue oferecendo peixes para todos,” ressaltou Xandi.

Como parte do suporte à atividade pesqueira, está sendo criado um sistema de balizamento que sinaliza, com bandeiras, as áreas apropriadas para a navegação na lagoa do Boqueirão e identifica as associações e os pescadores por meio de boias. “Cada pescador terá sua rede identificada por uma boia, facilitando a fiscalização por parte da Polícia Ambiental. O ordenamento na pesca está sendo construído em colaboração com os pescadores tradicionais. Este é um esforço conjunto entre a Prefeitura e os trabalhadores do setor,” destacou o secretário.

Intensificação da fiscalização nas lagoas

João Damasceno, subsecretário de Segurança Cidadã, informou que a fiscalização nas lagoas do município será intensificada de forma integrada. “Sempre que encontrarmos irregularidades, a Guarda Municipal tomará as providências necessárias para cessar práticas inadequadas. Caso haja qualquer anomalia, o infrator será encaminhado para a delegacia, dependendo da gravidade do caso,” explicou.

Após o encerramento da reunião, as autoridades e representantes das associações realizaram um passeio de barco para inspecionar os locais sugeridos na rota de navegação. “Esse encontro destacou a importância da conscientização. Os pescadores conhecem a legislação, mas nem todos a respeitam. Acreditamos que isso trará benefícios tanto para os pescadores iniciantes quanto para os mais experientes,” comentou Lidiane Vieira, presidente da Colônia de Pescadores Z-7.

O pescador Fábio Moura, popularmente conhecido como Bolão, também enfatizou a relevância dessa iniciativa, ressaltando que muitos praticantes da pesca operam fora das normas, não mantendo o devido distanciamento entre suas redes. “Essa ação é fundamental para aqueles que realizam a pesca artesanal,” concluiu.

Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos

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Foto de Bruno Rodrigo Souza

Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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