Aumento na oferta de mamografias em Maricá visa diagnóstico precoce do câncer de mama
A Prefeitura de Maricá fez um avanço significativo na facilitação do acesso à detecção precoce do câncer de mama. A partir de agora, o número de mamografias disponíveis no município aumentou em 300%, saltando de 360 para 1.442 exames mensais, todos com agendamento gerenciado pela Central de Regulação. Essa expansão é resultado da contratação de novos prestadores de serviços de saúde, gerando uma nova configuração de remuneração que corrige as defasagens da tabela do SUS, tornando os valores mais atrativos para os profissionais envolvidos.
Essa ação se insere no contexto do Outubro Rosa, uma campanha dedicada à conscientização sobre a saúde da mulher, e permite que 1.082 mamografias sejam realizadas pelos prestadores credenciados. Além disso, o mamógrafo do Centro de Diagnóstico e Tratamento (CDT) continua a operar, oferecendo cerca de 360 exames por mês. Os agendamentos são coordenados pela Central de Regulação, a qual segue critérios de prioridade baseados no nível de risco determinado pelo SUS, com ênfase nos casos mais críticos ou que demandem urgência.
É fundamental ressaltar que a porta de entrada para os cuidados de saúde na rede municipal é a Unidade de Saúde da Família (USF) designada à área de residência do paciente. Os cidadãos podem identificar qual é a USF de sua responsabilidade através do link bit.ly/onde-ser-atendido-USF. As unidades operam de segunda a sexta-feira, a partir das 8 horas, e oferecem uma variedade de serviços: desde consultas médicas e de enfermagem até grupos dedicados à prevenção e promoção da saúde sobre diversos temas, além de vacinação, testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), e exames preventivos de colo de útero (Papanicolau), abrangendo ainda os cuidados relacionados ao pré-natal, gestação, puerpério e climatério.
A secretária de Saúde do município, Juliana Nogueira, enfatizou a relevância do aumento na oferta de mamografias, que busca melhorar a qualidade de vida das mulheres maricaenses. Ela declarou: “A ampliação na disponibilidade de mamografias é essencial para a nossa população. Com isso, conseguimos realizar os exames com mais eficiência e qualidade, reduzindo pouco a pouco as filas de espera. Com a chegada do Outubro Rosa, estamos intensificando as ações preventivas e promovendo o bem-estar das mulheres em nossa cidade”.
Ampliação de outros exames para a saúde feminina
Graças à nova tabela de pagamento para prestadores de serviços conveniados, também foi possível aumentar a oferta de diversos outros exames, incluindo radiografias, ressonâncias magnéticas, ultrassonografias, tomografias e densitometrias ósseas, ampliando assim a qualidade no atendimento à saúde feminina.
Cláudia Rogéria de Lima, diretora de Atenção à Saúde da Femar, comentou sobre o impacto da nova tabela que atraiu mais prestadores credenciados para o município. Ela afirmou: “A escassez na oferta de determinados exames era um desafio devido à dificuldade em encontrar prestadores de serviço conveniados. A tabela anterior do SUS apresentava desajustes significativos, entre 12.000 a 17.000%. Para solucionar isso, a Femar trabalhou na criação de um novo índice baseado na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), desenvolvida pela Associação Médica Brasileira. Com sua aprovação, conseguimos rapidamente avançar na disponibilização de exames, e nosso objetivo é continuar a expandir essa oferta”.
Melhorias no planejamento reprodutivo
Adicionalmente, Maricá implementou uma nova medida em relação à saúde das mulheres, oferecendo inserção gratuita do Sistema Intrauterino de Levonorgestrel (SIU), popularmente conhecido como DIU hormonal. A cidade também disponibiliza o implante subdérmico de etonogestrel, que atua como um contraceptivo, evitando a ovulação e impedindo o encontro de espermatozoides com o óvulo. Com essas iniciativas, Maricá se destaca como uma das poucas cidades do país a oferecer gratuitamente ambos os métodos contraceptivos, além do tradicional DIU de cobre, conforme as recomendações do Ministério da Saúde.
As interessadas em realizar a inserção desses dispositivos devem se dirigir à sua Unidade de Saúde da Família (USF) de referência. Após uma consulta, onde serão integradas ao planejamento reprodutivo e receberão orientações de uma equipe multiprofissional, as pacientes que se enquadrarem nos critérios clínicos específicos serão encaminhadas para a realização dos procedimentos.
