Manual sobre plantas alimentícias não convencionais está disponível para download grátis

cartilha PANCs

Com o objetivo de incentivar a educação alimentar em áreas urbanas, o WWF-Brasil e o Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper lançaram uma cartilha pedagógica sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) que pode ser acessada e baixada gratuitamente. A cartilha também traz receitas com as plantas apresentadas.

Segundo Regina Fukuhara, autora da cartilha, ao apresentar as PANC e inseri-las no cotidiano, principalmente na infância, estamos estimulando hábitos saudáveis e ampliando a consciência sobre a nossa relação com os alimentos e com a cidade.

A cartilha foi desenvolvida em parceria entre as duas instituições e utiliza aquarelas digitalizadas, desenhos vetorizados e fotografias para capturar a essência do projeto realizado entre elas no CEI Margarida Maria Alves, em Heliópolis, Zona Sul de São Paulo. Nesse local, desde 2023 são realizadas oficinas sobre agricultura urbana e a criação de uma horta pedagógica.

Ana Carolina Bauer, analista de Conservação do WWF-Brasil, destaca que encurtar a distância entre quem produz e quem consome alimentos evita a emissão de gases poluentes, a pressão para a abertura de novas áreas e contribui para a mitigação das mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade.

A cartilha apresenta diversas PANC, como a Ora-pro-nobis, Taioba, Serralha, Beldroegão e Vinagreira. Além disso, utiliza um índice remissivo com imagens e receitas fáceis de fazer, como a “Água de Matali”, uma bebida refrescante tradicional do México, feita com folhas da trapoeraba-zebra, conhecida como lambari-roxo.

O projeto “Promoção de Segurança, Soberania e Sustentabilidade Alimentar em Comunidades Urbanas”, desenvolvido pelo WWF-Brasil e pelo Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper, reúne especialistas em pesquisa, políticas públicas e ações focadas em agricultura urbana. O projeto está alinhado com a agenda de redução do desmatamento e promoção de dietas sustentáveis.

As PANC são plantas com potencial alimentício adaptadas ao clima local, porém pouco conhecidas pela população, o que leva a um baixo consumo. Seu uso promove a diversidade e a segurança alimentar, valoriza os saberes tradicionais, contribui para a conservação da biodiversidade, fortalece a economia local e ajuda a mitigar as mudanças climáticas.

Ana Carolina ressalta que o projeto do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper e do WWF-Brasil traz uma abordagem holística e integrada para promover a segurança alimentar, a sustentabilidade e o desenvolvimento comunitário em áreas urbanas como Heliópolis-SP. Por meio da educação, capacitação e envolvimento da comunidade, o projeto tem o potencial de gerar um impacto positivo e duradouro na vida das pessoas e na saúde do meio ambiente.

O sucesso da primeira etapa do projeto é um incentivo para novas parcerias e ações que visem enfrentar desafios como a falta de coleta seletiva efetiva, saneamento básico e arborização. Paulina Achurra, professora do Insper e coordenadora do projeto, destaca a importância de abordagens multidisciplinares, promovendo a educação ambiental e envolvendo as comunidades para promover transformações locais desde a infância.

O livro traz receitas fáceis de fazer com as PANC, incentivando a inclusão dessas plantas na alimentação diária e explorando os benefícios nutricionais e ambientais que elas proporcionam.

O Projeto Promoção de Segurança, Soberania e Sustentabilidade Alimentar em Comunidades Urbanas é realizado em parceria com a UNAS – União de Núcleos, Associações dos moradores de Heliópolis e região e a UBS Sacomã, via Programa Ambientes Verdes e Saudáveis da Secretaria Municipais de Saúde, com o apoio do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.

A cartilha pode ser acessada gratuitamente no site do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento sobre as PANC e possam incorporá-las em sua alimentação, proporcionando benefícios para a saúde e para o meio ambiente. Essa iniciativa é mais um passo importante na promoção da educação alimentar e na valorização das plantas não convencionais como fonte de alimento nutritivo e sustentável.

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