Manual Prático de Cultivo de 63 Espécies de Plantas de Cobertura”

plantas de cobertura

Guia Prático de Plantas de Cobertura traz 63 espécies para cultivar

Gramíneas, leguminosas, entre outras espécies, são espécies vegetais cultivadas especificamente para cobrir o solo. Também conhecida como cobertura vegetal, as plantas de cobertura são tema de uma pesquisa da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP) que resultou em um novo ebook gratuito.

O “Guia Prático de Plantas de Cobertura: Espécies, manejo e impacto na saúde do solo” contém informações detalhadas sobre 63 espécies cultivadas em várias regiões do Brasil. O livro também inclui capítulos que abordam os aspectos práticos dos benefícios e os desafios na adoção das plantas de cobertura, bem como aspectos de manejo e como posicionar e escolher plantas de cobertura para composição de mixes.

Desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Manejo e Saúde do Solo (Soil Health & Management Research Group – SOHMA) da Esalq, com organização do professor Maurício Roberto Cherubin, este guia é indispensável para produtores, técnicos, pesquisadores e estudantes que desejam explorar os benefícios das plantas de cobertura na melhoria da saúde do solo, na diversificação de cultivos e na promoção de uma agricultura brasileira mais sustentável. Também é uma importante ferramenta para tomada de decisões seguras sobre a utilização de diferentes plantas de cobertura.

A importância das plantas de cobertura vegetal

As plantas de cobertura têm diversas funções importantes, tais como controle e prevenção da erosão, melhoria da estrutura do solo em geral, redução da perda de nutrientes e da compactação do solo, controle de ervas daninhas (ajudando a reduzir a necessidade de herbicidas), proteção contra condições climáticas extremas, aumento da biodiversidade (ao atrair diferentes tipos de insetos benéficos e promover um ecossistema mais saudável) e melhoria da matéria orgânica ao solo, o que melhora sua fertilidade e capacidade de retenção de água.

Os desafios

Há grandes desafios para facilitar a aceitação do uso de plantas de cobertura por parte dos produtores, já que existem muitas dúvidas sobre esse tema. Entre elas: Quais os benefícios x malefícios para o sistema produtivo? Qual planta de cobertura e qual população para cada realidade? E quando se utiliza o mix e/ou consórcio, essas dúvidas se intensificam, por isso a necessidade de informação prática e aplicada, como destaca Felipe Berto, pesquisador da Fundação MT.

Além disso, há a questão financeira. Segundo o pesquisador, dependendo do preço das commodities e do custo de produção, associado à instabilidade climática, os produtores têm mapeado com cautela o risco de investimento nos cultivos comerciais. “Quando o risco é alto, tem-se optado por plantas de cobertura para não deixar as áreas em pousio durante a entressafra. Por fim, a produção de sementes de plantas de cobertura vem ganhando destaque como uma forma de diversificação de renda da fazenda”, afirma.

Algumas espécies

Entre as 63 espécies presentes no guia, está o amendoim forrageiro, utilizado em pastagens devido à alta produção de biomassa de qualidade nutricional, por ser uma excelente planta de cobertura em sistemas consorciados, contribuindo para a redução de pragas e plantas daninhas, além de melhorar a fertilidade do solo; e o andopogon, também conhecido pelo nome popular de capim-gambá, amplamente utilizado na formação de pastagens e na recuperação de áreas degradadas devido à sua resistência a queimadas, capacidade de rebrota rápida em períodos de seca e boa aceitação por bovinos, ovinos, caprinos e equinos.

Ou ainda o calopogônio, ou feijão-sagu, que se destaca pela fixação biológica de nitrogênio, melhoria da fertilidade do solo, controle de plantas daninhas devido à alta biomassa, melhoria da estrutura do solo e prevenção de erosão; e o crambe, que pode ser utilizado como planta de cobertura devido à sua rusticidade, tolerância a baixas temperaturas e resistência à seca, sendo empregado na produção de óleo industrial – suas raízes profundas descompactam o solo, melhorando sua estrutura e porosidade, especialmente em sistemas de plantio direto, além de contribuir com a supressão de pragas pela rápida cobertura do solo, que inibe o crescimento de plantas daninhas e alguns patógenos, e atração de polinizadores.

A obra está disponível para download gratuito no Portal de Livros Abertos da USP neste link.

Com informações do Jornal da USP

Fonte: Guia Região dos Lagos

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