Nesta semana, a administração municipal de Manaus deu início ao plantio de 150 novas mudas, sendo ipês, oiti, jutairana e chuva de ouro da Amazônia (lofantera). O governo local promete atingir a meta de 15 mil mudas até o final de 2025, com o intuito de aumentar a cobertura vegetal e aprimorar a qualidade ambiental na cidade.
O ano de 2024 foi marcado por um impacto significativo na região, decorrente da seca prolongada e das queimadas. Em agosto, os índices de qualidade do ar foram classificados como insalubres para grupos mais sensíveis, levando até mesmo a Unicef a emitir um alerta para evitar que crianças ficassem expostas ao ar livre. Os rios da Amazônia em todo o estado secaram antes do esperado, e essa situação se prolongou por um período considerável.
Considerando que Manaus está situada no estado do Amazonas, em meio a uma vasta área da Amazônia, poderia se esperar que a região fosse uma das mais arborizadas do Brasil, no entanto, a realidade é oposta. De acordo com informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 23,90% da área da cidade é coberta por vegetação, posicionando Manaus entre as capitais menos arborizadas do país.
Por meio do Programa de Arborização e Conservação Florestal, denominado Manaus Verde, a administração municipal almeja expandir o plantio de árvores em 50 áreas públicas até o final do ano. Essa iniciativa é responsável pela arborização da capital amazonense. Durante o ano, são realizados serviços de produção, plantio e doação de mudas, além da manutenção da arborização pública, que inclui podas, adubação e instalação de tutores para garantir o crescimento adequado das mudas.
Conforme informações disponibilizadas pela Semmasclima (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudanças do Clima), entre 2021 e 2024, um total de 23.026 mudas foi plantado na capital. No mesmo intervalo, 261.339 mudas foram doadas à comunidade por meio de 213 atividades. Além disso, o Centro de Produção de Mudas teve uma produção total de 542.615 mudas nos últimos quatro anos.
Os benefícios do plantio de árvores em áreas públicas vão além da estética. Elas atuam na redução das temperaturas locais e ajudam a regular o ciclo hídrico, absorvendo e liberando a água da chuva. Além disso, permitem a filtragem de poluentes atmosféricos, como dióxido de enxofre, amônia, dióxido de nitrogênio e partículas suspensas. A presença de áreas verdes está também associada à melhoria da saúde mental da população, à valorização estética do ambiente urbano, e ao aumento da biodiversidade, criando habitats que atraem aves, insetos e outros animais.