Inseticida ecológico contra mosquito da dengue é desenvolvido por cientistas

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Cientistas desenvolvem inseticida biodegradável para combater a dengue

Os casos de dengue têm se multiplicado no Brasil desde o início do ano, levando vários estados a decretarem estado de emergência devido ao surto. Com a vacina Qdenga, do Ministério da Saúde, ainda não disponível para todos, pesquisadores brasileiros desenvolveram um inseticida biodegradável capaz de eliminar as larvas do mosquito transmissor da dengue e auxiliar na prevenção da doença.

O produto é feito a partir de uma planta endêmica do Brasil e tem a vantagem de ser seletivo, ou seja, mata especificamente as larvas do Aedes aegypti, preservando outras espécies encontradas em habitats aquáticos.

A pesquisa foi conduzida em conjunto por cientistas da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O primeiro passo foi identificar o potencial inseticida no óleo essencial de uma espécie de pindaíba, comum nas áreas costeiras brasileiras.

Em seguida, as moléculas do óleo essencial foram encapsuladas através de nanoemulsificação, uma técnica que permite uma liberação mais eficaz dos compostos inseticidas ao longo do tempo, prolongando a ação larvicida do produto. Além disso, o inseticida é produzido com baixo consumo de energia e não utiliza solventes orgânicos, o que o torna biodegradável. A planta utilizada na pesquisa também permite a extração do óleo essencial sem a necessidade de destruí-la.

De acordo com o professor Leandro Rocha, da UFF, muitas plantas apresentam potencial inseticida, porém é necessário que sejam utilizadas de forma sustentável, sem causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana. A seletividade do inseticida desenvolvido pelos pesquisadores é um diferencial importante em relação a outros produtos disponíveis no mercado, já que reduz danos a espécies não-alvo.

O produto foi testado com sucesso em larvas de Aedes aegypti e baratas d’água, um predador natural de larvas de outros insetos comumente encontrados em águas paradas. Os resultados mostraram que o inseticida é eficaz contra as larvas, porém não causa danos a outros organismos presentes no ambiente aquático.

A pesquisa sobre o inseticida biodegradável foi publicada na revista “Sustainable Chemistry and Pharmacy”. A nova tecnologia oferece uma alternativa sustentável e eficaz para combater a dengue, sem causar danos ao meio ambiente.

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode causar sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, pode levar à dengue hemorrágica, que pode ser fatal. O controle efetivo do mosquito transmissor é fundamental para prevenir a disseminação da doença.

Com o desenvolvimento desse inseticida biodegradável, os pesquisadores brasileiros contribuem para o combate à dengue, oferecendo uma opção sustentável e eficaz para controlar as larvas do mosquito transmissor. A descoberta promete ajudar a reduzir os casos de dengue no país, que atualmente enfrenta um surto da doença.

É importante ressaltar que, além do uso de inseticidas, é fundamental adotar outras medidas de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito, o uso de repelentes e o cuidado com a água parada. A conscientização e a mobilização da população são essenciais no combate à dengue e na redução dos casos da doença.

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