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A Delegacia Anti-Sequestro (DAS) realizou na manhã desta terça-feira (10) uma grande operação com o intuito de desmantelar uma quadrilha que estava se fazendo passar por clientes para extorquir proprietários de pousadas nas cidades da Região dos Lagos através de sequestro e cárcere privado.
Um incidente notável ocorreu em 23 de julho, na cidade de Arraial do Cabo. De acordo com as declarações do delegado assistente da dezecia, Carlos Rangel, “O objetivo foi cumprir quatro mandados de prisão e buscas contra esse grupo criminoso que foca na extorsão de estabelecimentos na Região dos Lagos. Nossa investigação tem como ponto de partida a forma de atuação desse sinal e a DAS está em busca de casos semelhantes analisando o modo de operação dessa quadrilha”.
Até às 11h25, foi registrada a prisão de apenas uma das envolvidas: Denize Ferreira, identificada como a responsável por receber os montantes obtidos pela quadrilha em sua conta. Ela foi detida em sua residência, localizada na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Entre os principais procurados pela operação está o traficante Michael Douglas Miranda Farias, também conhecido como MK, que já é considerado foragido. Outros dois integrantes do grupo, Maria Fernanda Ferreira Brandão, apelidada de “Malvada”, e Rinaldo Ribeiro, que atua como motorista da quadrilha, também estão em situação de fuga. De acordo com a polícia, há indícios de que esses indivíduos possam estar se escondendo em áreas controladas pelo Comando Vermelho.
As investigações realizadas pela DAS revelaram que criminosos de Arraial do Cabo estavam passando informações sobre disponibilidades de hospedagens na localidade para integrantes de uma facção no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão. Consequentemente, esses criminosos elaboravam planos para sequestrar e extorquir os donos dos estabelecimentos.
Conforme as revelações da DAS, no final de julho, três suspeitos se incrustaram como hóspedes em uma pousada em Arraial do Cabo. Após isso, realizaram o sequestro, agredindo e ameaçando o proprietário do estabelecimento com o intuito de transferir a quantia de R$ 200 mil para contas controladas pela quadrilha. Por sorte, essa transação foi abortada, pois os funcionários do banco da vítima desconfiaram da movimentação e cancelaram a operação.
Ainda assim, os criminosos conseguiram efetivar duas transferências que totalizavam R$ 63 mil. Posteriormente, conforme relatado nas investigações, o traficante MK teria enviado um motorista para garantir a retirada da quadrilha após a ação criminosa.
Após a denúncia apresentada pelo empresário, os agentes iniciaram uma investigação sobre o crime e conseguiram identificar parte dos membros da quadrilha. “Após a prática criminosa, eles se deslocaram para a localidade conhecida como Morro Alto e, em seguida, retornaram ao Rio de Janeiro”, acrescentou o delegado Carlos Rangel.
Fonte: Guia Região dos Lagos
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