GLO em portos e aeroportos não surte efeito na redução da criminalidade, indicam estudos”

GLO em portos e aeroportos tem chance nula de reduzir criminalidade

GLO em portos e aeroportos tem chance nula de reduzir criminalidade

Foto: Exército Brasileiro

A reportagem de capa da edição mais recente da revista Crusoé destaca o teatro do improviso na atuação das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) de portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro.

O jogo de cena em nada afetou a realidade das cidades que mais sofrem com o crime organizado. A operação não incluiu os onze estados com as maiores taxas de homicídios do país, todos localizados nas regiões Norte e Nordeste. Em vez disso, concentrou-se boa parte das manobras em São Paulo, um estado com bons indicadores de segurança.

Outro paradoxo é que a GLO, um expediente pensado para intervir nos estados em crise quando seus meios de segurança estão esgotados, foi decretada para atuar em áreas de competência da União, como o combate ao tráfico de drogas e armas, em instalações administradas por organismos federais. Trata-se, portanto, de uma intervenção federal em operações federais, ocorrendo em instalações federais. “É como se o governo em Brasília decretasse o esgotamento dos próprios meios para ele mesmo intervir”, diz o coronel Araújo Gomes, ex-comandante da Polícia Militar de Santa Catarina.

De acordo com a reportagem, as ações das Forças Armadas nessas operações de GLO não têm trazido resultados significativos na redução da criminalidade. Ao contrário, especialistas avaliam que a presença constante dos militares em áreas urbanas pode causar uma sensação de insegurança na população e não é a forma mais eficiente de combater o crime organizado.

Além disso, a GLO em portos e aeroportos serve mais como um espetáculo midiático do que uma estratégia efetiva de segurança. A reportagem aponta que muitas vezes é montada uma encenação para mostrar a atuação das Forças Armadas, mas na prática isso não se traduz em resultados concretos.

O texto destaca também que a GLO em portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro acaba desviando a atenção dos problemas reais de segurança enfrentados nas regiões Norte e Nordeste, onde a violência é mais intensa e os índices de criminalidade são mais altos.

Ao concentrar esforços em áreas com indicadores de segurança relativamente melhores, as operações de GLO nessas regiões acabam deixando de lado estados que realmente necessitam de uma intervenção mais efetiva para combater a criminalidade.

A reportagem conclui que é necessário repensar a forma como as Forças Armadas atuam na GLO de portos e aeroportos, buscando estratégias mais efetivas e levando em consideração as demandas reais de segurança em todo o país. A presença militar não pode ser apenas um espetáculo midiático, mas sim uma ação coordenada e eficiente para combater a criminalidade e garantir a segurança da população.


Fonte da Notícia: Plantão Guia Região dos Lagos

Ajude-nos e avalie esta notícia.
Picture of Bruno Rodrigo Souza

Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

Use os botões abaixo para compartilhar este conteúdo:

Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp
[wilcity_before_footer_shortcode]