Feliciano solicita que Pacheco defenda as prerrogativas parlamentares
O deputado Marco Feliciano, do PL-SP, pediu ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, do PSD-MG, que seja eloquente ao defender as prerrogativas dos parlamentares. A declaração de Feliciano foi feita em resposta aos ataques do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, após a operação da Polícia Federal que investigou o deputado Ramagem, do PL-RJ.
Feliciano afirmou que Pacheco deveria se expressar de forma contundente na defesa das prerrogativas dos parlamentares e, no mínimo, na defesa da instituição que preside.
Pacheco entra em embate com a oposição
Após rebater as críticas de Valdemar da Costa Neto, cacique do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Pacheco travou embates com a oposição. Valdemar havia afirmado, em entrevista ao UOL, que o senador era “frouxo” e “omisso” por permitir as ações da Polícia Federal no Congresso e por não dar andamento ao pedido de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Em resposta, Pacheco alegou que a defesa do impeachment ocorre publicamente, mas nos bastidores, Valdemar é conivente com o tema. “Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF”, afirmou o senador.
Valdemar alegou que, se o Senado tivesse um presidente comprometido, não perderia tempo reclamando do presidente do partido.
Operação mira Abin paralela
Agentes da Polícia Federal cumpriram nesta quinta-feira mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações da Abin paralela. Entre os alvos está o ex-diretor da agência durante o governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem.
Como foi noticiado, a Abin na gestão de Bolsonaro utilizou ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis sem autorização judicial e sem o conhecimento dos alvos. As buscas foram realizadas no gabinete e no apartamento funcional de Ramagem na Câmara dos Deputados.
Essa operação é um desdobramento da operação “Primeira Milha”, que começou em outubro e tem o objetivo de investigar o uso criminoso da ferramenta de espionagem por geolocalização, chamada “FirstMile”.
Software ilegal
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o software adquirido pelo governo utilizava dados de GPS para monitorar ilegalmente a localização de diversas pessoas, como servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.
A Abin adquiriu o programa no final do governo Temer e o utilizou até parte do terceiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro.
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