Após invasão do 8 de Janeiro, Fátima Bezerra defende punição sem vingança
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, discursou no Congresso Nacional em homenagem ao primeiro aniversário da invasão do 8 de Janeiro. Representando os governadores dos estados, a petista ressaltou que a punição aos infratores não é movida por sentimento de vingança, mas sim por uma questão pedagógica.
Durante seu discurso, Bezerra declarou: “Não se trata de sentimento de vingança ou revanchismo – é antes de tudo um ato pedagógico. Os que atentaram contra nossa democracia cometeram crime e precisam responder pelos seus atos, respeitando, é claro, o devido processo legal.”
Fátima Bezerra destacou que o dia 8 de Janeiro simboliza a volta à normalidade democrática, a valorização das instituições, o fortalecimento do pacto federativo, a defesa da soberania popular e a rejeição ao autoritarismo, ao fascismo e à barbárie.
A governadora do Rio Grande do Norte substituiu o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), como oradora oficial do evento. Ibaneis, que tem sido criticado por sua suposta leniência com os manifestantes bolsonaristas, foi afastado do cargo por 90 dias por determinação judicial. Durante o evento, outros governadores alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro também não compareceram.
Além de Bezerra, governadores de 18 dos 27 estados estavam presentes no Congresso Nacional para prestar homenagens.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), inicialmente tinha decidido não comparecer ao evento, mas acabou mudando de ideia. No entanto, por orientação do seu partido, Novo, Zema desistiu de participar da agenda promovida pelos chefes dos três Poderes da República referente aos acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, também não esteve presente no evento devido a problemas de saúde familiar. Já os ministros de Lula estiveram presentes, inclusive alguns interromperam suas férias para participar.
Fonte da Notícia: Plantão Guia Região dos Lagos
Análise
O discurso da governadora Fátima Bezerra durante a homenagem ao primeiro aniversário da invasão do 8 de Janeiro no Congresso Nacional trouxe à tona uma reflexão importante sobre a punição aos responsáveis por atentar contra a democracia do país. Bezerra enfatizou que não se trata de vingança, mas sim de um ato pedagógico, no qual os infratores devem responder pelos seus atos de acordo com o devido processo legal.
Sua fala ressalta a importância da normalidade democrática e do respeito às instituições, além de repudiar o autoritarismo, o fascismo e a barbárie. É fundamental que a sociedade busque a justiça e a responsabilização daqueles que atentam contra a ordem democrática, garantindo assim a preservação dos valores fundamentais do país.
Afastamento de Ibaneis Rocha
O afastamento do governador Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias reflete um questionamento sobre sua postura em relação aos manifestantes bolsonaristas. Sua ausência no evento e o fato de ter sido substituído por Fátima Bezerra evidenciam a insatisfação com sua conduta. É importante que os representantes políticos ajam de forma responsável e coerente, buscando preservar a ordem democrática.
Decisão de Romeu Zema
Por sua vez, a decisão do governador Romeu Zema de não comparecer à agenda promovida pelos chefes dos três Poderes da República gera questionamentos sobre sua posição política. A orientação do partido Novo para que ele não participasse do evento mostra divergências internas e a necessidade de um posicionamento político mais claro diante dos acontecimentos ocorridos no 8 de Janeiro.
Persistência em busca da justiça
A presença dos governadores de 18 dos 27 estados no Congresso Nacional reforça a importância de manter o diálogo entre as lideranças políticas e buscar uma posição coesa em relação aos ataques à democracia. É fundamental a união para garantir a responsabilização dos envolvidos e impedir que atos antidemocráticos se repitam no futuro.
Por fim, é imprescindível que a sociedade brasileira valorize os princípios democráticos, rejeitando qualquer forma de autoritarismo, fascismo e barbárie. A punição aos responsáveis pela invasão do 8 de Janeiro não deve ser vista como vingança, mas sim como um ato pedagógico que fortalece a democracia e garante o respeito às instituições.
