O documentário “O chamado do cacique: herança, terra e futuro” será lançado no próximo dia 23 de abril. Produzido pelo projeto Amazoniar do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) em parceria com o Instituto Raoni, o filme foi gravado durante uma reunião organizada pelo cacique Raoni na aldeia Piaraçú, no Mato Grosso.
Durante cinco dias, mais de 800 indígenas se reuniram em Piaraçú para discutir o futuro do planeta. Mesmo enfrentando o calor de 46 graus, a força da ancestralidade dos povos indígenas foi evidente. Ficou claro que eles mantêm uma relação íntima com seus territórios, o que os torna essenciais para enfrentar as mudanças climáticas.
Lucas Ramos, coordenador do projeto Amazoniar e diretor do documentário, destacou a disposição dos indígenas em contribuir para a solução dos problemas ambientais. No entanto, para que eles possam contribuir significativamente, é necessário que seus direitos, territórios e tradições sejam respeitados.
O documentário retrata a jornada do cacique Raoni em defesa dos direitos humanos, além de destacar a importância do diálogo entre indígenas e não indígenas. Também aborda as ameaças enfrentadas pelos povos indígenas e a transição para uma nova geração de líderes, incluindo as lideranças das mulheres indígenas.
O lançamento do filme acontecerá durante o Acampamento Terra Livre, em Brasília, e contará com a presença de líderes indígenas, representantes do governo, Judiciário, cientistas e sociedade civil. O cacique Raoni Metuktire também estará presente no evento.
Além do documentário, serão exibidas outras produções audiovisuais de artistas indígenas, como “Artesanato”, “Memórias nas coisas do vovô” e “Menire djapej: o trabalho das mulheres”.
O objetivo do projeto Amazoniar é ampliar a voz dos indígenas brasileiros e conscientizar sobre a importância de seus direitos. O filme busca contar as histórias pessoais dos indígenas e promover uma reflexão sobre a preservação das culturas indígenas e a proteção dos seus territórios.
O lançamento do documentário será realizado na Caixa Cultural em Brasília e a entrada é gratuita, sujeita à lotação máxima do local.
Com o lançamento do filme, espera-se que mais pessoas se engajem na defesa dos direitos dos povos indígenas e na preservação do equilíbrio climático global.
Fonte: Guia Região dos Lagos
