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Rodovias Anhanguera e Bandeirantes recebem energia solar
O Grupo CCR, um dos líderes em infraestrutura de mobilidade no Brasil, junto à EDP, empresa de destaque no setor elétrico, firmou um acordo de dez anos para fornecer energia solar sob o modelo de geração distribuída compartilhada. Essa energia será destinada ao Sistema Anhanguera-Bandeirantes, que é administrado pela CCR AutoBAn e é uma das principais rodovias do país, localizada no estado de São Paulo. A geração de energia ocorrerá em usinas fotovoltaicas instaladas em Iperó, Pirangi e Leme.
Com esta parceria, duas importantes rodovias brasileiras passarão a ser alimentadas por uma fonte limpa e sustentável. Assim, a CCR e a EDP concretizam uma iniciativa para fornecer energia solar ao Sistema Anhanguera-Bandeirantes, promovendo uma significativa redução de emissões de carbono. A energia solar será utilizada para abastecer 58 pontos de consumo, como pedágios e áreas de apoio ao longo das estradas.
A expectativa é que o contrato venha a fornecer 1.460 MWh por ano, levando a uma redução estimada de 56,19 toneladas de dióxido de carbono (tCO2eq) anualmente, além de proporcionar uma economia financeira de aproximadamente R$ 160 mil por ano. O vice-presidente de Sustentabilidade, Riscos e Compliance do Grupo CCR, Pedro Sutter, destacou a importância de aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética da empresa, especialmente considerando sua posição como um dos 50 maiores consumidores de energia do Brasil.
Por sua vez, Carlos Andrade, vice-presidente de Soluções para Clientes da EDP na América do Sul, comentou que os contratos de fornecimento de energia são cruciais para a transição energética, além dos investimentos em energia renovável. Esses acordos viabilizam a oferta de energia limpa para uma gama crescente de clientes e setores no Brasil.
Objetivo de Sustentabilidade
Esse contrato de energia solar é fundamental na estratégia do Grupo CCR, que busca ter 100% de seus ativos de mobilidade, que incluem rodovias e aeroportos, abastecidos com energia renovável até o fim de 2024, um ano antes do prazo originalmente estabelecido. Para alcançar essa meta, a CCR tem investido na construção de suas usinas solares e na movimentação para o mercado livre de energia. Um exemplo disso é o investimento de R$ 24 milhões na instalação de sete usinas solares ao longo da BR-101, que conecta o Rio Grande do Sul a Santa Catarina. Essa iniciativa isolada deve evitar a emissão de 310 toneladas de CO₂ por ano e gerar uma economia superior a R$ 2 milhões anualmente.
Além de expandir sua infraestrutura solar, o Grupo CCR também se associou a três parques eólicos no Piauí, que fornecerão energia para suas operações em São Paulo, incluindo os serviços de metrô e trem operados pela CCR Mobilidade, abrangendo as linhas de metrô 4 (ViaQuatro), 5 e 17 (ViaMobilidade), além das linhas de trem 8 e 9 (também da ViaMobilidade).
Esse esforço está alinhado ao compromisso muitas vezes declarado pelo Grupo CCR de se tornar neutro em carbono até 2035. Em 2023, a empresa se tornou a primeira do setor de infraestrutura de mobilidade no Brasil a ter suas metas climáticas aprovadas pela iniciativa Science Based Targets (SBTi). O compromisso inclui a redução de 59% nas emissões de CO2 em relação a 2019 para os escopos 1 e 2, além de uma redução de 27% para o escopo 3 até 2033.
A EDP, por sua vez, continua a expandir sua participação no mercado de geração solar distribuída, tendo recentemente adquirido 16 usinas solares em vários estados, como Bahia, Mato Grosso e Paraná, totalizando um investimento de R$ 218 milhões. Essa expansão impulsionou a capacidade instalada para 258 MWp, com 209 MWp já em operação. A geração distribuída oferece vantagens diversas, como a redução de custos com energia, que pode superar 10%.
A crescente preocupação das empresas com a necessidade de descarbonizar suas operações tem impulsionado significativamente a demanda por soluções em energia renovável, notavelmente no setor de geração distribuída, que apresenta benefícios econômicos e ambientais consideráveis.
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