Energia solar pode gerar quase R$ 40 bilhões em novos investimentos

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Investimentos em energia solar podem atingir quase R$ 40 bilhões em 2025

Imagem que representa energia solar
Foto: Freepik

As perspectivas da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) indicam que, em 2025, os novos investimentos gerados pelo setor de energia fotovoltaica no Brasil podem ultrapassar a marca de R$ 39,4 bilhões, englobando tanto usinas solares de grande porte quanto sistemas menores instalados em telhados, fachadas e terrenos.

De acordo com a análise da entidade, a fonte solar fotovoltaica tem potencial para criar mais de 396,5 mil novos postos de trabalho no ano seguinte, abrangendo todas as regiões do Brasil, além de gerar uma arrecadação adicional superior a R$ 13 bilhões para os cofres públicos.

A projeção prevê que, até 2025, mais de 13,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada devem ser acrescentados, totalizando mais de 64,7 GW. Esse crescimento representa o equivalente a mais de quatro usinas de Itaipu, refletindo um aumento de mais de 25,6% em relação à capacidade solar atualmente disponível no país, que é de 51,5 GW.

Imagem de plantações de energia solar no Ceará e Piauí
Foto: Governo do Piauí

Dos 64,7 GW previstos para o final de 2025, estima-se que 43 GW se originarão de pequenos e médios sistemas instalados por consumidores em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, representando 66% do total, enquanto 21,7 GW estarão relacionados a grandes usinas solares, correspondendo a 34% do total acumulado.

Gráfico ilustrativo sobre investimentos em energia solar
Imagem: Absolar

Entre as principais metas da Absolar para 2025, destaca-se a busca por soluções para os desafios enfrentados por sistemas de geração distribuída solar, especialmente em relação a alegações de inversão de fluxo de potência. A associação defende a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que visa instituir o Programa Renda Básica Energética (REBE). Esse projeto não apenas beneficiará famílias em situação de pobreza energética, mas também atualizará a Lei nº 14.300/2022, corrigindo limitações de conexão às redes de distribuição, que atualmente inviabilizam diversos sistemas de geração distribuída solar e prejudicam o direito do consumidor de investir em sua própria geração de energia solar.

No que diz respeito à atualização da Lei nº 14.300/2022, a Absolar preconiza melhorias que garantam, de forma clara, que as concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia elétrica atendam às solicitações de acesso das unidades consumidoras que utilizam fontes renováveis, sem impor restrições ou limitações à injeção de eletricidade nas redes. Em caso de eventuais limitações na infraestrutura elétrica, as distribuidoras devem apresentar estudos técnicos que comprovem essas situações, com as informações pertinentes sobre a questão.

Imagem sobre isenção de taxas para energia solar
Foto: Kindel Media | Pexels

Outra prioridade identificada pela associação é a avaliação dos benefícios e custos da geração distribuída, que deve ser conduzida pela ANEEL, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), pela Resolução CNPE nº 002/2024. Essas diretrizes estão alinhadas à determinação da Lei nº 14.300/2022, que exige que todos os benefícios da GD sejam corretamente identificados e calculados, e que essas informações sejam integradas nas análises pertinentes.

Na esfera da geração centralizada solar, existem desafios significativos. Uma das prioridades é a questão do chamado “constrained-off”, que envolve cortes de geração determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, os quais os empreendedores não têm controle ou responsabilidade.

Imagem de usinas de energia solar na Bahia
Foto: PxHere

A garantia de compensação aos geradores pelos cortes de geração será essencial para determinar o ritmo de crescimento da energia solar, um fator chave para a transformação econômica, social e ambiental do Brasil e que é fundamental para atingir os objetivos de transição energética estipulados pelo país em compromissos internacionais.

Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, expressa preocupação com o fato de que 2025 apresentará inúmeros desafios, em função do cenário macroeconômico desfavorável, da desvalorização da moeda e da alta expectativa de juros. “Apesar dessas turbulências, o setor solar fotovoltaico brasileiro permanece comprometido com a transição energética sustentável do Brasil. O impulso da energia solar apoia a sustentabilidade, auxilia na gestão financeira das famílias e reforça a competitividade do setor produtivo nacional, elementos-chave para impulsionar a economia do país e para o cumprimento dos compromissos ambientais”, declara.

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, complementa ao afirmar que o progresso da energia solar se reflete em geração de emprego e renda, atração de investimentos, diversificação da matriz elétrica e benefícios para toda a população. Ele enfatiza que o Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta e, com políticas públicas adequadas, pode fortalecer seu papel nesse processo de transição energética e enfrentar o aquecimento global.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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