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O Verão e o Cuidado com a Pele: Alerta para o Câncer de Pele
Com a chegada do verão, muitos brasileiros se preparam para aproveitar os dias ensolarados. No entanto, essa temporada gloriosa traz consigo a necessidade de cuidados especiais com a pele. A radiação solar não é apenas uma fonte de prazer, mas também pode ser responsável por danos severos, como o envelhecimento precoce e até mesmo queimaduras na pele. Além disso, o sol é um dos principais fatores de risco para o câncer de pele.
A relação entre os raios solares e o câncer de pele, especialmente o não melanoma, é bastante forte. O dermatologista Dário Rosa destaca que a exposição ao sol por longos períodos coloca em risco pessoas, especialmente aquelas com pele, cabelos e olhos claros. Este grupo é particularmente vulnerável.
Dentre os principais fatores que aumentam o risco de câncer de pele estão a exposição repetida e prolongada ao sol, especialmente durante a infância e adolescência, histórico familiar da doença, bem como aquelas com características físicas como pele clara, cabelos loiros ou ruivos e olhos claros.
Compreendendo os Tipos de Câncer de Pele
O câncer de pele é um desafio sério no Brasil, com diversos tipos a serem considerados. Os três mais prevalentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Este último é notavelmente o mais grave pois apresenta um alto risco de metástase, podendo levar a óbito, conforme explica Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Os tipos mais comuns de câncer de pele no Brasil incluem:
- Carcinoma basocelular: Representa cerca de 80% dos casos diagnosticados. Embora possa ser agressivo localmente, normalmente evolui em um ritmo mais lento e pode se manifestar como uma pinta, mancha ou nódulo na pele.
- Carcinoma espinocelular: Este tipo pode surgir na camada mais externa da pele, além de ocorrer em mucosas e áreas com cicatrizações prolongadas. É mais frequente nas regiões expostas ao sol, como rosto, orelhas e pescoço, podendo, em alguns casos, necessitar de radioterapia como parte do tratamento.
- Melanoma: Embora represente apenas 3% dos casos de câncer de pele no Brasil, é o mais agressivo e, se não tratado adequadamente, pode ser fatal. O prognóstico é favorável se diagnosticado precocemente, e a introdução de novos tratamentos tem contribuído para aumentar a taxa de sobrevida desses pacientes nos últimos anos.
Medidas de Prevenção do Câncer de Pele
Havendo algumas práticas simples, é possível diminuir o risco de desenvolver câncer de pele. É fundamental evitar a exposição solar entre as 10h e 16h, utilizar filtro solar de forma adequada e investir em medidas de proteção física como roupas e chapéus. As recomendações incluem:
- Prevenir queimaduras durante a infância: A ocorrência de queimaduras solares severas, especialmente aquelas que geram bolhas, é um importante fator de risco para o desenvolvimento de melanoma. Portanto, a proteção solar das crianças é essencial. O dermatologista Dário Rosa ressalta que a exposição acumulativa aos raios solares durante os 10 a 20 primeiros anos de vida pode aumentar significativamente os riscos de câncer de pele na idade adulta.
- Aplicar filtro solar diariamente: É importante usar protetor mesmo em dias nublados, reaplicando a cada duas ou três horas, e sempre que houver suor excessivo ou após entrar na água.
- Usar filtro solar mesmo sob guarda-sóis: O uso deste item é crítico, pois somente um guarda-sol não é suficiente para proteger a pele contra os danos causados pelos raios solares.
- Não esquecer áreas escondidas: Aplique protetor solar em áreas menos visíveis, como axilas, pescoço, orelhas, região inguinal, cotovelos e pés.
- Acompanhamento médico: Indivíduos com dois ou mais casos de melanoma na família devem programar consultas regulares com um dermatologista.
Diagnóstico Precoce e Tratamento
Identificar o câncer de pele em suas fases iniciais é crucial para garantir um tratamento eficaz. O Dr. Amato sugere que os pacientes adotem o método conhecido como ABCDE ao observar lesões ou pintas na pele:
- A – Assimetria: Quando uma parte da mancha é diferente da outra.
- B – Borda: Presença de irregularidades no contorno.
- C – Cor: Aparição de diferentes cores na mesma pinta ou lesão.
- D – Diâmetro: Lesões com diâmetro maior que 6 milímetros.
- E – Evolução: Notar se a mancha cresce ou muda de formato ou cor.
Feridas que não cicatrizam após três semanas ou que sangram com facilidade também devem ser examinadas por um profissional.
O contato inicial é geralmente feito pelo dermatologista, que pode suspeitar da condição por meio de dermatoscopia, um exame que utiliza uma lente de aumento. A confirmação do diagnóstico exige um estudo anatomopatológico. Dependendo da localização da lesão, o paciente pode ser direcionado a um cirurgião plástico, que realizará a remoção e, se necessário, a reconstrução da área afetada.
A cirurgia para tratamento do câncer de pele pode variar de remoções simples de sinais a reconstruções mais complexas de partes do corpo. Somente profissionais especializados estão capacitados para analisar e recomendar a estratégia mais adequada para cada caso.
Acompanhamento Após o Tratamento
Depois de um diagnóstico de melanoma, o paciente deve realizar um acompanhamento rigoroso, já que a reincidência da doença é uma possibilidade real. Este acompanhamento deve ser feito por uma equipe multiprofissional, incluindo dermatologistas, cirurgiões plásticos e oncologistas, nos primeiros cinco anos após o diagnóstico. O paciente pode contribuir para a detecção de novos casos por meio do autoexame, observando qualquer nova lesão suspeita ou alterações significativas nas cicatrizações e aumento de linfonodos na região.
Por isso, a conscientização sobre os cuidados com a pele e a importância de realizar exames regulares para o monitoramento e prevenção do câncer de pele são fundamentais, especialmente nesta época do ano em que a exposição ao sol é mais intensa.
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